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Há 28 anos, tragédia espacial do Challenger matava 7 pessoas

28 jan 2014 - 10h11
(atualizado às 10h46)
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O ônibus espacial Challenger explode durante seu lançamento em 28 de janeiro de 1986
O ônibus espacial Challenger explode durante seu lançamento em 28 de janeiro de 1986
Foto: Nasa / Divulgação
Em 1979, a Nasa decidiu renomear seu veículo de testes, até então chamado de STA-099, em homenagem ao navio de pesquisa britânico HMS Challenger, que na década de 1870 navegou nos oceanos Atlântico e Pacífico. A agência espacial americana chamou então a empresa Rockwell, que fabricava os ônibus espaciais, para que fizesse o Challenger chegar ao espaço.

O primeiro lançamento ocorreu em 4 de abril de 1983, quando também ocorreu a primeira caminhada espacial do programa de ônibus espaciais, além de colocar em órbita um satélite. A Challenger foi a primeira espaçonave a levar uma americana ao espaço, a primeira a ser lançada e a pousar à noite e a primeira a pousar no Centro Espacial Kennedy, o mais famoso da Nasa.

Em 28 de janeiro de 1986, o ônibus espacial era lançado para mais uma missão. Só que, desta vez, a decolagem durou apenas 73 segundos. Uma falha em um dos propulsores levou à explosão que destruiu a nave e tirou a vida de sete astronautas. Pedaços foram jogados na atmosfera. Muitos recolhidos. Outros desapareceram. Para se ter ideia, quase 11 anos depois, em dezembro de 1996, duas peças foram descobertas em uma praia da Flórida.

Mais tarde, no dia do acidente, o então presidente americano, Ronald Reagan, deveria dar um discurso sobre educação e na tripulação da Challenger estava aquela que seria a primeira professora no espaço, Christa McAuliffe. O discurso de Reagan, ao invés de comemorar a presença de Christa no lançamento, foi de lamento pelas mortes.

A causa

Um peça chamada de anel-O falhou, por vários motivos, entre eles é atribuída falha no design da peça, falta de testes do material utilizado e problemas de comunicação entre vários departamentos da Nasa. O anel deveria impedir que gases quentes saíssem do propulsor, mas falhou e, menos de 1 segundo após o lançamento, fumaça cinza começava a sair dessa peça. A 58 segundos, uma pequena chama aparece no mesmo local.

A 73 segundos, o tanque de hidrogênio começa a ser pressionado contra outro tanque. A explosão ocorre milésimos de segundo depois.

Após o acidente 

Arnold D. Aldrich, que foi apontado como diretor do programa de ônibus espaciais logo após a explosão, diz que o acidente levou a fortes mudanças dentro da Nasa. Em um documento em que conta, em 2008, suas experiências na Nasa, ele afirma que a explosão fez a agência rever durante 12 anos o projeto da Estação Espacial Freedom, que foi convertida na Estação Espacial Internacional (ISS).

"A Estação Espacial poderia ter ficado operacional uma década antes", diz o ex-administrador. Segundo Aldrich, a Nasa passou por um momento sem precedentes de reestruturação, atrasos e explosão de custos de projetos, em especial da Freedom.

"O acidente da Challenger mudou o curso da história e da natureza tanto do programa espacial nacional, quanto do internacional, mesmo enquanto estes evoluem no século 21. O impacto total da decisão de lançar a Challenger ainda é desconhecido", completa Aldrich.

Fonte: Terra
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