Foguete russo Soyuz é lançado com 3 astronautas a bordo rumo à ISS
Um foguete russo Soyuz foi lançado nesta sexta-feira do cosmódromo russo de Baikonur, nas estepes do Cazaquistão, para levar dois russos e um americano à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em um tempo recorde, constatou um fotógrafo da AFP.
Os cosmonautas Pavel Vinogradov e Alexandre Misurkin e o astronauta Christopher Cassidy partiram às 02h43 de sexta-feira (17h43 de quinta-feira) e devem chegar à ISS após pouco menos de seis horas de voo, seguindo um procedimento novo, contra os dois dias que eram necessários até agora.
Este voo "expresso" foi decidido depois que a Rússia lançou com sucesso para a ISS três naves de carga não-tripuladas Progress em agosto, outubro e fevereiro, e que chegaram à estação em seis horas de voo.
Os três espaçonautas deverão substituir a bordo da ISS o americano Thomas Marshburn e o canadense Chris Hadfield, que chegaram à estação em dezembro para uma missão de menos de seis meses.
O cosmonauta russo Vinogradov disse durante a última entrevista coletiva anterior ao voo que o procedimento "expresso" tem várias vantagens.
A tripulação estará em melhor forma para o acoplamento com a ISS, previsto para as 23h31 de Brasília porque os espaçonautas "não sentirão os efeitos da falta de gravidade na medida em que ocorre após quatro ou cinco horas de voo", explicou.
A redução do tempo de voo permitirá, ainda, levar material biológico para efetuar experiências a bordo da ISS, o que não seria possível em um voo de dez horas, acrescentou Vinogradov.
"Com um voo de curta duração como este, a tripulação pode inclusive levar sorvete que não derreteria", brincou.