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Falha técnica para telescópio de buscas de exoplanetas Kepler

15 mai 2013 - 20h58
(atualizado em 16/5/2013 às 08h51)
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Projeção artística mostra o telescópio espacial Kepler
Projeção artística mostra o telescópio espacial Kepler
Foto: Nasa / Divulgação

O telescópio espacial Kepler, utilizado pela Nasa para a busca de exoplanetas, está paralisado por um problema técnico devido a uma roda defeituosa, que poderia por um fim antecipado à sua missão de quatro anos, disseram nesta quarta-feira cientistas da agência espacial americana.

A missão de US$ 600 milhões foi lançada em 2009 para a busca de planetas fora do Sistema Solar. Até o momento, Kepler encontrou 2,7 mil candidatos, inclusive um punhado de planetas que poderiam ser habitáveis porque não são nem frios, nem quentes demais.

O problema foi detectado quando uma roda de reação que permite ao telescópio apontar para uma direção deixou de funcionar, disse John Grunsfeld, encarregado da divisão de ciência da agência espacial americana, durante entrevista coletiva por telefone.

"Não estamos prontos para dar a missão por finalizada", disse Grunsfeld, acrescentando que os cientistas ainda estão tentando decifrar como fazer a roda funcionar novamente.

O problema foi detectado nesta terça-feira, quando o telescópio entrou em um modo de segurança pré-programado que acontece "se o observatório tem problemas para saber para onde deveria apontar", disse Grunsfeld.

Os cientistas previam que um problema assim poderia acontecer, já que as rodas têm uma vida útil limitada e uma delas tinha se quebrado em julho passado.

A Nasa não voltou a ativar esta roda desde então e a nave precisa de um mínimo de três rodas para funcionar da forma que deveria.

Charles Sobeck, gerente de projetos do centro de pesquisas Ames da Nasa, na Califórnia, disse haver indícios de uma "falha interna na roda" e que os especialistas levarão algumas semanas para decidir quais são os próximos passos a dar.

Enquanto a Nasa decide o que fazer, se reduzirá o consumo de combustível da nave espacial, estacionando-a no espaço a 64 milhões de quilômetros da Terra.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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