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EUA lembram tragédias espaciais no 30º aniversário do acidente da Challenger

28 jan 2016 - 18h46
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Os Estados Unidos lembraram nesta quinta-feira as tragédias espaciais de sua história no aniversário de 30 anos do acidente da nave Challenger, que se desintegrou 73 segundos após decolar com sete pessoas a bordo.

O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, deixou uma coroa de flores no cemitério nacional de Arlington (Virgínia), enquanto o Kennedy (Flórida) e outros centros espaciais realizaram homenagens às vítimas.

O dia 28 de janeiro foi escolhido pela Nasa para honrar todos os astronautas mortos em suas missões espaciais, com uma lembrança especial para suas três piores tragédias: Apolo 1 (1967), Challenger (1986) e Columbia (2003).

Entre 27 de janeiro e 1º de fevereiro deste ano se completam o 49º aniversário do incêndio no qual morreram os três tripulantes da Apolo 1, o 30º aniversário do desastre da nave Challenger com sete vítimas e o 13º aniversário da tragédia da nave Columbia, com mais sete mortos.

"Não devemos esquecer nunca os valentes americanos que fizeram o sacrifício de explorar as fronteiras do entendimento. Conheciam os riscos, e mesmo assim escolheram pôr suas vidas em jogo para que as futuras gerações pudessem viver melhor graças aos avanços na ciência, na tecnologia e no conhecimento do universo", disse hoje o presidente americano, Barack Obama, em comunicado.

Obama lembrou em seguida as palavras do então presidente Ronald Reagan após a tragédia da Challenger: "O futuro não pertence aos covardes, pertence aos valentes".

Reagan tinha que pronunciar na noite da tragédia o discurso anual sobre o Estado da União, mas em seu lugar deu uma emotiva mensagem à nação, sobretudo às milhões de crianças ansiosas com o lançamento.

Não era a primeira vez que morriam astronautas nos Estados Unidos; em 1967 os três tripulantes da Apolo 1 morreram em decorrência de um incêndio no módulo de comando durante um teste em Cabo Canaveral (Flórida).

Mas o acidente da Challenger teve um impacto muito maior, em boa medida pela emoção que tinha despertado no país a possibilidade de ver uma pessoa comum, a professora Christa McAuliffe, no espaço.

"A cada ano, nesta época do ano, pegamos um momento para refletir como família Nasa sobre os largos ombros sobre os quais nos apoiamos: os das mulheres e homens da Nasa que deram suas vidas para que vocês e eu possamos continuar alcançando novos marcos para o benefício da humanidade", afirmou Bolden hoje em uma nota.

Na Estação Espacial Internacional (ISS), os astronautas fizeram hoje um momento de silêncio por seus companheiros mortos nas missões, em imagens que podem ser vistas em um vídeo publicado hoje no site da Nasa.

"Reconheçamos o sacrifico dos que morreram e como seu espírito e seu legado vivem em nossas conquistas no espaço", disse o astronauta americano Scott Kelly, que, junto a seu companheiro russo Mikhail Kornienko, concluirá em março uma histórica missão de um ano, o dobro do habitual na ISS, para avaliar a resistência do corpo humano no espaço.

EFE   
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