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ESA acredita em "possível despertar" do módulo Philae entre maio e junho

21 jan 2015 - 11h11
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A Agência Espacial Europeia (ESA) acredita em um "possível despertar" entre maio e junho do módulo Philae, o primeiro dispositivo comandado pelo ser humano que conseguiu aterrissar sobre um cometa, após se separar da sonda mãe Rosetta.

"Esperamos que desperte, mas ninguém pode garantir", declarou em entrevista coletiva no centro de operações de Darmstadt, na Alemanha, o diretor de Navegação Espacial Tripulada e Missões da ESA, Thomas Reiter.

O importante é que a temperatura de Philae supere zero grau quando o cometa em que se encontra se aproximar do Sol, o que permitirá que as baterias do módulo comecem a recarregar com energia solar.

Philae pousou sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em 12 de novembro de 2014 após três aterrissagens e dois rebotes, o que fez com que não caísse no ponto programado e que ficasse em uma região escura e rochosa, sem a luz necessária para carregar as baterias e trabalhar de forma autônoma.

No dia 15 de novembro, 57 horas após a histórica aterrissagem, entrou em hibernação, mas antes foi capaz de enviar à Terra informações de seus primeiros experimentos.

Segundo Reiter, a sonda mãe Rossetta está a 29 quilômetros do cometa e espera-se que em fevereiro possa se aproximar a seis quilômetros da superfície do cometa para enviar imagens.

Os cientistas da ESA estudam a informação recebida de Rosetta e Philae, uma missão que deveria ser concluir no final de 2015, mas que Reiter acredita em que demore um ano mais. Segundo ele, tudo dependerá dos resultados dos trabalhos científicos e que se consiga uma ampliação do orçamento.

A sonda Rosetta e seu módulo Philae foram reconhecidos pelas revistas científicas "Science" e "Nature" como um dos dez descobrimentos do ano 2014.

EFE   
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