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Construção de estação espacial chinesa causa polêmica na Argentina

29 jun 2015 - 15h26
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A construção de uma estação espacial chinesa no sul da Argentina voltou a gerar polêmica no país nesta segunda-feira, depois que um programa de televisão alertou que o projeto pode ter fins militares, informação negada pelo governo.

Através de um comunicado de imprensa, o governo de Cristina Kirchner classificou como "enganosa e mal-intencionada" a apuração do jornalista Jorge Lanata sobre a estação que a China constrói na província de Neuquén.

"A estação tem fins científicos e civis exclusivamente", afirmou o Ministério do Planejamento, que ressaltou os benefícios do acordo, como "um investimento estrangeiro direto de US$ 50 milhões", o uso parcial da antena da estação e a possibilidade de instalar equipamentos próprios.

O documento oficial garante que "não existem cláusulas reservadas ou secretas" no acordo assinado em fevereiro entre Kirchner e o presidente chinês, Xi Jinping.

Apesar da declaração oficial, Lanata destacou nesta segunda-feira na "Radio Mitre" a falta de transparência do acordo e disse que "nunca se saberá ao certo o que está sendo feito na base chinesa em Neuquén".

O senador Fernando Solanas, através do Twitter, alertou que "o acordo com a China pode acarretar riscos geoestratégicos à Argentina em meio ao instável cenário internacional".

"A tecnologia utilizada na estação admite o uso duplo: civil e militar. Estamos diante de uma grande irresponsabilidade política", acrescentou Solanas.

O convênio entre Argentina e China contempla a concessão de 200 hectares, com uma isenção durante 50 anos, para a construção da base.

Segundo a previsão oficial, a estação espacial entrará em funcionamento em 2016 e será operada pela empresa China Satellite Launch and Tracking Control General (CLTC).

EFE   
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