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Cientistas encontram estrela morta "engolindo" planetoide similar à Terra

21 out 2015 - 17h11
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Astrônomos britânicos detectaram um sistema estrelar no qual uma anã branca, um corpo similar ao Sol na última fase de sua vida, está "engolindo" os restos de pelo menos um planeta rochoso com composição química parecida com a da Terra, publicou nesta quarta-feira a revista "Nature".

A partir de imagens do telescópio espacial Kepler e outros observatórios terrestres, pesquisadores da Universidade de Warwick (Reino Unido) identificaram fragmentos de rocha que orbitam a estrela WD 1145-017, com períodos entre 4,5 e 4,9 horas.

A maior parte dos exoplanetas descobertos até agora orbitam estrelas da sequência principal, aquelas que se encontram em uma fase estável na metade de sua vida ativa.

Os corpos detectados por Andrew Vanderburg e seu grupo, por outro lado, giram em torno de uma estrela moribunda que esgotou seu combustível nuclear, se contraiu de forma dramática e está "engolindo" os planetas que ainda orbitam ao seu redor devido à alta radiação e a força da gravidade.

As anãs brancas são corpos de enorme densidade, nos quais uma massa similar à do Sol fica reduzida em um volume parecido com o da Terra.

A movimentação dos objetos identificados pelos pesquisadores britânicos chega a bloquear 40% da luz emitida pela anã branca. Ao redor do corpo se formou um disco de partículas de elementos pesados como magnésio, alumínio, cálcio, ferro e níquel.

Os cientistas acreditam que esse pó foi gerado no último milhão de anos a partir de choques entre corpos rochosos como asteroides e planetas de pequeno tamanho, um cenário que poderia ser parecido ao que ocorrerá com o sistema solar daqui milhões de anos, quando o Sol se esgotar seu combustível.

Quando isso ocorrer, o Sol se transformará em uma grande estrela vermelha e se expandirá além das órbitas de Mercúrio e Vênus. Os cientistas ainda debatem se a Terra será engolida.

Depois, o astro perderá grande parte de sua massa original e tomará a forma de uma anã branca, um processo que desestabilizará as órbitas dos demais planetas do sistema e poderia provocar choques entre eles.

Segundo os modelos atuais, alguns desses planetas ficariam reduzidos a fragmentos rochosos similares a asteroides e, se permanecerem perto da superfície da estrela, formariam sobre ela um disco de pó com composição química parecida com a do corpo original, tal como se observou na WB 1145-017.

EFE   
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