Um esforço que envolve 28 países, mil pesquisadores e pretende construir até 2015 o maior observatório do mundo para raios gama terá participação de cientistas que atuam no Brasil. Farão parte da criação do Cherenkov estudiosos das universidades de São Paulo (USP), Federal de São Carlos (UFSCar), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). As informações são da Agência Fapesp.
O observatório Cherenkov contará com 100 telescópios nos dois hemisférios. No Sul, Chile, Argentina e Namíbia são candidatos a receber os equipamentos. Na outra metade do planeta, Estados Unidos e a Espanha estão na disputa, que deve acabar até o fim do ano. O Brasil ficou fora da disputa por não ter nenhuma região que atenda aos requisitos - céu e atmosfera limpos durante o ano, sem contaminação de luz e altitude de pelo menos 2 mil m.
Os telescópios atuarão em conjunto para observar corpos que emitem radiação gama - como remanescentes de supernovas, galáxias com núcleo ativo e quasares. "O único observatório de astronomia gama em funcionamento hoje - o Observatório Hess, instalado na Namíbia - possui cinco telescópios operando em conjunto. O CTA (sigla em inglês para Grupo de Telescópios Cherenkov) será capaz de medir a radiação gama produzida durante fenômenos astrofísicos com sensibilidade 10 vezes maior”, diz Luiz Vitor de Souza Filho, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP.
Além de ter acesso aos dados do observatório, os cientistas brasileiros vão participar da criação dos instrumentos usados no telescópio. Um dos projetos é desenvolver o revestimento dos espelhos que recobrirão os telescópios, que devem refletir a luz e proteger o equipamento.
Na USP, os cientistas estudam técnicas de aluminização e deposição de superfície refletora e protetora para que o revestimento dos espelhos aguente as intempéries (já que fica exposto) e não se solte do vidro. “Os espelhos não precisarão ser tão precisos quanto os dos telescópios ópticos instalados nos observatórios no Chile operados pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), mas terão que durar muito mais tempo”, diz Souza Filho.
Outro projeto com participação brasileira é o desenvolvimento das estruturas metálicas de sustentação dos telescópios. Elas terão cerca de 16 m de comprimento e deverão suportar equipamentos de 2,5 t que devem ser envergar no máximo 20 mm para não prejudicar a observação. “Já tínhamos know how na construção desse tipo de instrumentação por conta do desenvolvimento de tecnologias muito parecidas com essas que projetamos para o observatório Pierre Auger, na Argentina”, disse Souza Filho.
Uma das vantagens do observatório será a união da astronomia com a física de partículas em um mesmo experimento. Os cientistas poderão estudar de buracos negros e regiões formadoras de estrelas à quebra de variância de Lorentz - um teste bem específico ligado à Relatividade. “Por meio do observatório, será possível realizar o teste mais restrito da relatividade que já foi feito até hoje em longas distâncias e em longas escalas”, estimou Souza Filho.
“O escopo científico do novo observatório é impressionante e tem uma vertente dupla. Ao mesmo tempo que possibilitará estudar questões mais importantes para a astrofísica, o experimento também deverá ampliar o conhecimento na física de partículas elementares”, avaliou Souza Filho.
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Foto: Fernando Borges / Terra
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Foto: AFP
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