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Agência Europeia fará buscas por objetos potencialmente perigosos no espaço

15 jan 2016 - 14h39
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A Agência Espacial Europeia (ESA) assinou um acordo com o Centro Astronômico Hispano-Alemão, que administra o Observatório de Calar Alto em Almería, no sudeste da Espanha, para buscar objetos potencialmente perigosos no espaço.

Em nota, o observatório informou que a ESA utilizará de forma exclusiva um de seus telescópios para encontrar os chamados "near earth objects" (neons). A proposta é identificar cometas e asteroides cujas órbitas, possivelmente modificadas pela ação da gravidade dos planetas, os levem à regiões próximas à Terra.

O subdiretor do Observatório de Calar Alto, Jesus Aceituno, explicou que o acordo, que contempla uma primeira etapa até março de 2015 e que é prorrogável automaticamente, cede o uso do telescópio Schmidt para a ESA, de 80 centímetros.

Trata-se de um telescópio que tinha ficado em desuso em 2001 e que os técnicos do observatório recuperaram. "A reparação e a adaptação do telescópio foi possível graças ao esforço da equipe e teve um custo muito reduzido, mas vai fornecer uma fonte de receita substancial e colocará o observatório em uma oposição de referência em um novo campo de pesquisa", disse Aceituno.

O cientista destacou que os neons "podem apresentar tamanhos muito variáveis, de poucos metros a dezenas de quilômetros". Dos 600 mil asteroides detectados, cerca de dez mil entraria m na categoria.

"Os neons devem ser profundamente estudados, não só pelas informações que apresentam sobre a formação e a evolução de nosso sistema solar, mas também porque devemos conhecer suas propriedades físicas o melhor possível, para que no futuro sejamos capazes de desviá-los e evitar colisões com eles", acrescentou.

O Observatório Astronômico Hispano-Alemão de Calar Alto, vinculado à Sociedade Max Planck e ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, está na Sierra de Los Filabres, no norte de Almería. O local é operado em conjunto pelo Instituto Max Planck de Astronomia, de Heidelberg (Alemanha), e pelo Instituto de Astrofísica da Andaluzia (CSIC), de Granada (Espanha).

EFE   
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