Acoplamento de foguete russo fracassa e nova tentativa é marcada
A manobra foi adiada para a noite de quinta-feira, 27, e terá um procedimento mais longo
Um problema técnico impediu nesta quarta-feira o acoplamento à Estação Espacial Internacional (ISS) do foguete russo Soyuz lançado na terça-feira, 25, com três astronautas a bordo, dois russos e um americano.
A manobra foi adiada para as 23H58 de quinta-feira e terá um procedimento mais longo, anunciou a agência espacial russa Roskosmos.
"A decisão foi tomada por complicações detectadas no sistema de orientação da cápsula espacial", explicou a Roskosmos.
"A tripulação está bem e os parâmetros do meio vital (interior da cápsula) são normais", acrescenta um comunicado da agência.
A Nasa, agência espacial americana, informou que a cápsula não conseguiu ajustar a aproximação da ISS.
Em Moscou os dados estão sendo analisados para determinar a razão pela qual o terceiro propulsor não foi ativado, segundo a Nasa.
Mas a agência americana não considera o incidente grave, pois o novo procedimento curto de aproximação dos Soyuz, de apenas seis horas, que fracassou nesta quarta-feira, existe há apenas um ano.
A Soyuz vai recorrer ao procedimento longo, que dura dois dias e exige 34 voltas à Terra.
Os foguetes Soyus são considerados seguros, mas nos últimos anos o setor espacial russo registrou uma série de fracassos.
Os cosmonautas russos Alexander Skvortsov e Oleg Artemyev e o astronauta americano Steve Swanson decolaram na terça-feira, 25, em um foguete "Soyuz-FG", com a cápsula "Soyuz TMA-12M", para um voo de seis horas com destino ao laboratório orbital. Os três permanecerão na ISS durante 170 dias.