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Equador inaugura área de proteção especial de tubarões nas Ilhas Galápagos

21 mar 2016 - 15h07
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O Equador inaugurou nesta segunda-feira uma área de proteção especial de tubarões na reserva oceânica do arquipélago de Galápagos, entre as ilhas Darwin e Wolf, um local que abriga a maior biomassa de tubarões do planeta.

A declaração da área especial ou "No Take" procura, sobretudo, proteger as populações de tubarões martelo, uma espécie em perigo de extinção, segundo o Ministério do Ambiente.

As ilhas Darwin e Wolf também contêm o último recife de coral da reserva marinha de Galápagos e conta com a maior concentração de tubarões reportada no mundo, incluindo a única migração de tubarões baleia em estado de gestação.

A organização National Geographic apoiará, junto a outros organismos e instituições, o desenvolvimento de um plano de gestão que integrará a conservação, o turismo e a pesca sustentável, que pretende se transformar em "um modelo para o mundo", segundo o Ministério.

A determinação da zona de "santuário" se inscreve em um novo zoneamento de "proteção especial" do arquipélago, elaborado pelo Estado equatoriano.

A criação desse zoneamento foi informada hoje em cerimônia liderada pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, e na qual participaram os espanhóis Enric Sala, cientista de National Geographic, e o cantor Miguel Bosé.

Sala disse que Darwin e Wolf são "a joia da coroa" pois "estudos científicos mostram que essas duas pequenas ilhas abrigam a maior biomassa de tubarões do planeta".

Bosé comentou que a criação do santuário em Galápagos é uma "notícia muito boa", um "ato solidário com a humanidade e com os oceanos" e um "exemplo" de gente "consciente e comprometida", entre as quais mencionou Correa.

"Hoje, e a partir de hoje, Galápagos vai gozar do respeito merecido por ser tão única em sua herança", disse o cantor, que participou do projeto da National Geographic.

O governante equatoriano apontou que as ilhas Darwin e Wolf e seu entorno oceânico "estão catalogadas como o melhor lugar do mundo para a prática de mergulho esportivo. Suas águas abrigam o último recife de coral da reserva marinha de Galápagos e conta com a maior abundância de tubarões já reportada no mundo".

Correa agradeceu à organização e Bosé pelo interesse pelas ilhas Galápagos que -disse- "são da humanidade, do mundo inteiro".

O presidente destacou a vontade política de seu governo para a declaração do santuário, que se baseou em uma "consciência ambiental" e "responsabilidade para com a humanidade inteira, para com a história, para com o futuro".

Com o zoneamento em Galápagos, acrescentou, o Equador "continua à vanguarda em nível mundial quanto a temas de conservação".

O nova zona de Galápagos é um "exercício ambicioso" de cuidado de ecossistemas, já que haverá uma proteção de 33% da Reserva Marinha de Galápagos e 59% do Parque Nacional, como resultado de um estudo que integra critérios do valor dos ecossistemas, serviços ambientais, uso dos lugares e proteção de espécies emblemáticas, segundo o Ministério.

Anteriormente, mediante ao zoneamento realizado em 2001, a Reserva Marinha de Galápagos protegia 0,8% em zonas de não extração, enquanto o Zoneamento do Parque Nacional Galápagos contava em 2005 com 10,2% para espaços dedicados a recuperar espécies e ecossistemas, acrescentou.

Este arquipélago, formado por 13 grandes ilhas, seis menores e 42 ilhotas, está situado cerca de mil quilômetros do litoral do Equador e seu nome se deve às tartarugas gigantes que o habitam.

Por sua rica biodiversidade, é considerado um laboratório natural que permitiu ao cientista inglês Charles Darwin desenvolver sua teoria sobre a evolução e seleção natural dos espécies.

As Ilhas Galápagos foram declaradas em 1978 Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

EFE   
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