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Empresa japonesa cancela venda de ração de carne baleia ameaçada de extinção

29 mai 2013 - 04h31
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Um estabelecimento japonês que comercializava carne de baleia ameaçada de extinção para fabricar ração de cachorros supendeu a venda do produto após o protesto de várias associações conservacionistas, confirmou nesta quarta-feira à Agência Efe uma funcionária da companhia.

A empresa, chamada Michinoku Farm e radicada na Prefeitura de Saitama, vendia carne de baleia comum (ou baleia de aleta) do Atlântico Norte fornecida pela companhia baleeira islandesa Hvalur.

No entanto, devido à denúncia apresentada ontem por quatro associações conservacionistas (duas britânicas, uma americana e outra japonesa), que tacharam de "alarmante" o uso de carne de baleia ameaçada de extinção para fazer rações caninas, a companhia retirou o produto de seu estabelecimento e de seu site.

"Não era um produto realmente popular", explicou à Agência Efe uma funcionária da loja, que considerou a polêmica gerada um pouco exagerada.

A empresa vendia esta comida para cachorros em pacotes de 60 gramas (a 4,63 euros) e de 500 gramas (a 28,75 euros).

Além da carne de baleia, a Michinoku Farm também comercializa rações para animais de estimação preparadas a partir de carne de cavalos da Mongólia e de cangurus australianos.

As quatro associações lembraram "que o uso de carne de baleias e golfinhos capturados no Japão para serem usados como alimentos de animais de estimação está sobradamente documentado", além do fato de que a carne de baleia também é vendida no país asiático para consumo humano desde 2008.

"No entanto, o uso na elaboração de comida para animais sugere que as empresas estão explorando novos mercados", indicam as quatro organizações no comunicado conjunto.

Nanami Kurasawa, a diretora da IKAN, a organização japonesa que participou do protesto, explicou nesse documento que "a razão mais provável para que as lojas vendam ninharias para cachorros feitas de carne de baleia é para seduzir consumidores japoneses de alto poder aquisitivo que querem reafirmam sua riqueza comprando um produto diferente".

EFE   
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