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Dilma viaja para Paris para a COP21 após cancelar visitas a Vietnã e Japão

28 nov 2015 - 00h11
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A presidente Dilma Rousseff viajou nesta sexta-feira para Paris para participar da 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), após cancelar as visitas que faria a Vietnã e Japão após a reunião diplomática na capital francesa.

Dilma chegará a Paris neste sábado, mas não terá atividades oficiais até a segunda-feira, quando discursará na COP21, segundo a agenda divulgada hoje pela presidência.

Após a Cúpula do Clima, a governante faria visitas oficiais ao Vietnã e, em seguida, ao Japão, mas cancelou ambas devido ao agravamento da crise política no Brasil e seu impacto na economia nacional.

As relações entre governo e parlamento se distanciaram ainda mais esta semana após a prisão do líder governista no Senado, Delcídio Amaral, que foi detido por sua suposta intenção de subornar o ex-executivo da Petrobras Nestor Cerveró, envolvido no esquema de corrupção da estatal, para que o mesmo não colaborasse com a Justiça nas investigações.

Amaral, líder do PT no Senado e muito próximo da presidente Dilma, foi detido na última quarta-feira, em um episódio que abalou o Congresso. Por esse fato, as votações de projetos de lei cruciais para o ajuste fiscal promovido pelo governo para tentar amenizar a crise econômica, que ocorreriam esta semana, foram canceladas.

Apesar do cancelamento de sua visita a Vietnã e Japão, Dilma manteve a viagem a Paris, onde apresentará na próxima segunda-feira na COP21 as metas estipuladas pelo Brasil para colaborar com o esforço internacional de combate à mudança climática.

Nesse sentido, o objetivo do Brasil é reduzir suas emissões de gases poluentes em 37% para 2025 com relação aos níveis de 2005, mas essa redução pode chegar a 43% para 2030.

O Brasil também garantirá que as energias renováveis, entre elas a hidroelétrica, representem 45% do total gerado no país, em comparação com a média global de 13%.

Além disso, o país pretende eliminar totalmente o desmatamento ilegal na Amazônia durante a próxima década e recuperar uma área de floresta degradada de aproximadamente 12 milhões de hectares nessa região.

Segundo confirmaram fontes oficiais, após sua participação na COP21, a presidente retornará ao Brasil.

EFE   
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