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Descoberta em tumba de Tutancâmon pode dar pistas sobre paradeiro da rainha Nefertiti

19 mar 2016 - 12h07
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Análises da tumba de Tutancâmon, no Egito, revelaram possíveis "materiais orgânicos" dentro de duas aparentes câmaras secretas - uma descoberta que pode trazer pistas sobre o desconhecido destino da rainha Nefertiti.

Os restos de Tutancâmon, que pode ter sido filho de Nefertiti - rainha no século 14 a.C. -, foram encontrados em 1922. Ele morreu há 3 mil anos, aos 19 anos.

A tumba dele foi a mais preservada já descoberta no Egito - cerca de 2 mil objetos foram encontrados dentro dela. Mas seu modelo sempre intrigou especialistas, em particular devido o seu tamanho, menor do que os túmulos de outros reis.

O arqueólogo britânico Howard Carter, que foi quem descobriu a tumba em 1922, acredita que Nefertiti tenha sido sepultada junto com o faraó.

E o egiptologista britânico Nicholas Reeves acredita que os restos de Tutancâmon podem ter sido sepultados às pressas em uma câmara externa do que originalmente era a tumba de Nefertiti.

O ministro de Antiguidades do Egito, Mamdouh el-Damaty, afirmou nesta sexta-feira o local foi examinado com radares em novembro que mostraram "coisas diferentes atrás das paredes".

Uma análise mais detalhada será feita no fim deste mês para determinar se os espaços vazios encontrados são realmente câmaras.

Foto: Divulgação/BBC Brasil / BBC News Brasil

Dúvidas

Mas outros especialistas consultados pela Associated Press duvidam que se trate do túmulo de Nefertiti. Eles argumentam que, ainda que as análises possam mostrar que as câmaras secretas de fato existem e guardam outro túmulo, é improvável que ele abrigue a rainha.

Para Aidan Dodson, arqueólogo da Universidade de Bristol (Grã-Bretanha), "se forem câmaras, provavelmente elas estarão repletas de mais objetos fúnebres de Tutancâmon ou talvez a múmia de uma criança que tenha morrido antes que ele".

Por enquanto, as autoridades egípcias não comentaram se acreditam que os espaços secretos possam ter tesouros ou múmias.

"Podemos dizer com mais de 90% (de certeza) que as câmaras estão lá. Mas eu nunca darei o próximo passo até ter 100% (de certeza)", afirmou o ministro Damaty. "(As análises apontam para) coisas diferentes atrás das paredes, material diferente, que pode ser metal, pode ser orgânico."

"É uma grande descoberta para o Egito, pode ser a descoberta do século. É muito importante para a história egípcia e para o mundo todo", acrescentou o ministro. "Significa uma redescoberta de Tutancâmon."

Acredita-se que o fato científico possa ajudar a reanimar o interesse pela indústria turística egípcia, afetada pela turbulência política dos últimos anos.

Teorias

Há também quem acredite que a múmia de Nefertiti foi descoberta em 1898 e agora está no Museu do Cairo.

Nefertiti foi rainha do Egito e esposa do faraó Akhenaton no século 14 a.C.. Junto com o marido, ela estabeleceu o culto ao deus sol, Athon e promoveram um novo estilo de arte egípcia.

Acredita-se que os dois se casaram quando Nefertiti tinha apenas 15 anos e tiveram seis filhas e um filho. Algumas teorias afirmam que ela era a mãe de Tutancâmon.

O nome Nefertiti significa "a mais bela chegou".

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