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Degelo de geleiras bateu recorde na primeira década do século

3 ago 2015 - 13h29
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As geleiras derreteram na primeira década deste século a um ritmo que bateu todos os recordes desde que existem observações diretas, disse nesta segunda-feira o Serviço Mundial de Vigilância das Geleiras.

Esta entidade recopilou dados mundiais sobre o estado das geleiras e sua evolução nos últimos 120 anos.

Seu último estudo revela que as geleiras observadas perderam a cada ano entre meio e um metro de sua camada de gelo no período entre 2000 e 2010. De acordo com os dados, inclusive sem a mudança climática este fenômeno continuará.

"Isto é de duas a três vezes mais que a média correspondente ao século XX", declarou o diretor do Serviço Mundial de Vigilância das Geleiras, Michael Zemp, ao publicar os resultados destas avaliações nesta segunda-feira na Revista de "Glaciologia".

O Serviço Mundial de Vigilância das Geleiras, que funciona desde a Universidade de Zurique, comparou suas observações da primeira década do século XXI com todos os dados reunidos anteriormente, seja através de expedições científicas, amostras recolhidas no ar, imagens de satélite ou mediante reconstruções de fontes escritas e pictóricas.

A medição exata da perda de gelo corresponde a poucas centenas de geleiras, mas os mesmos resultados qualitativos podem ser aplicados a dezenas de milhares de geleiras do mundo.

Além disso, o estudo indica que o retrocesso a longo prazo das línguas de gelo (as partes da geleira que se adentram em um vale) é um fenômeno global.

Outra constatação é que este intenso degelo criou um forte desequilíbrio de geleiras no mundo.

"Estas geleiras sofrerão mais perdas de gelo, inclusive se o clima se mantiver estável", concluiu Zemp.

EFE   
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