Justiça solta ativistas do Greenpeace detidos na COP-15
A Justiça dinamarquesa ordenou nesta quarta a libertação quatro ativistas do Greenpeace detidos no último dia 17 em Copenhague durante a Cúpula da ONU sobre a Mudança Climática (COP-15).
O quarteto foi recebido com aplausos ao deixar a prisão em Copenhague por cerca de 30 membros e simpatizantes da organização, que desde a cúpula mantém seu famoso barco "Rainbow Warrior" em um píer da capital dinamarquesa.
Os ativistas não quiseram dar declarações ao saírem da prisão e mencionaram apenas que concederão uma entrevista coletiva amanhã no "Rainbow Warrior".
O próprio Greenpeace comunicou que os quatro ativistas foram postos em liberdade com acusações contra si, mas não precisarão se apresentar à Justiça dinamarquesa amanhã e deverão esperar a definição da data de seu processo.
O quarteto é acusado de invadir o jantar de gala que a rainha da Dinamarca ofereceu aos chefes de Estado e de Governo durante a COP-15.
A Polícia dinamarquesa os acusou de invasão de domicílio e falsificação de documentos, entre outros crimes.
Foram libertados hoje Juan López de Uralde, presidente do Greenpeace na Espanha, a sueca Nora Christiansen, o suíço Christian Schmutz e o holandês Joris Thijssen.
A coordenadora de campanhas do Greenpeace, María José Caballero, disse à Agência Efe que a prisão dos quatro ativistas foi uma "medida desnecessária" e exagerada.
Caballero criticou o fato de os ativistas terem ficado incomunicáveis durante 21 dias e que as Embaixadas dos respectivos países tenham tido que manter "duras negociações" para que as famílias pudessem visitar os quatro detidos.