Índia propõe meta mais ambiciosa para redução de carbono
A Índia pode ampliar sua meta de controle das emissões de gases do efeito estufa até 2020, disse o ministro de Meio Ambiente na terça-feira, ao voltar da conferência climática de Copenhague. Jairam Ramesh afirmou que seu país está disposto a reduzir a "intensidade de carbono" - quantidade de dióxido de carbono emitido por cada dólar gerado na economia - em 20 a 25% até 2020, em comparação aos níveis de 2005.
"É não só eminentemente factível, como também pode ser melhorado pelo benefício do nosso próprio povo", disse o ministro no Parlamento. A conferência de Copenhague terminou no sábado com uma declaração política, sem valor jurídico, refletindo um entendimento entre os EUA e grandes países em desenvolvimento - China, Índia, Brasil e África do Sul, grupo batizado com a sigla Basic.
Ramesh disse que esses países emergentes tiveram sucesso em resistir à pressão global por um acordo de cumprimento obrigatório para a redução das emissões. "Foi nesta reunião crucial que o grupo Basic conseguiu obter um acordo sobre suas propostas..., garantir que o Acordo de Copenhague não era juridicamente vinculante e que não houvesse menção a um novo instrumento juridicamente vinculante no acordo", disse Ramesh.
A expectativa é de que as regras climáticas de cumprimento obrigatório sejam aprovadas na próxima conferência climática, prevista para novembro e dezembro no México. "Acredito que a Índia se saiu bastante bem em Copenhague, e fomos reconhecidos por nossa abordagem construtiva", acrescentou Ramesh.