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Grã-Bretanha acusa China e esquerda latina de sequestrar COP-15

21 dez 2009 - 07h56
(atualizado às 08h58)
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O ministro britânico do Meio Ambiente, Ed Miliband, acusou China, Sudão, Bolívia e outros governos de esquerda da América Latina de tentarem sequestrar a cúpula da ONU sobre o clima para impedir um acordo, disse o jornal inglês The Guardian nesta segunda-feira.

Climate Go Green INFO 5
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Foto: Reuters

A cúpula, realizada em Copenhague, terminou com um acordo mínimo no sábado, quando delegados concordaram com um documento promovido por Estados Unidos, China e outras potências emergentes que ficou aquém dos objetivos originais. Miliband escreveu em um artigo no The Guardian que a Grã-Bretanha deixará claro para os países que são contrários a um acordo legalmente vinculante que "não permitiremos que eles bloqueiem o progresso global".

"Não podemos permitir novamente que as negociações em pontos de real substância sejam sequestradas desta forma", disse Miliband. "Não conseguimos um acordo na redução em 50% das emissões globais até 2050 ou sobre redução em 80 por cento dos países desenvolvidos." "Ambas foram vetadas pela China, apesar do apoio de uma coalizão de países desenvolvidos e de uma ampla maioria de países em desenvolvimento."

O The Guardian disse que, embora a China tenha sido a única mencionada especificamente no artigo de Miliband, assessores deixaram claro que ele também se referia a Sudão, Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Cuba, que também teriam tentado resistir à assinatura de um acordo.

COP-15

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada entre 7 e 18 de dezembro, teve a participação de 192 países que se reuniram em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo principal do evento era o de traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto.

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