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Argentina culpa desenvolvidos por "fracasso" na COP-15

20 dez 2009 - 11h36
(atualizado às 12h32)
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O Governo da Argentina culpou neste domingo os países desenvolvidos pelo "fracasso" da cúpula das Nações Unidas sobre mudança climática (COP15), em Copenhague, que terminou com um acordo de mínimos.

O chanceler argentino, Jorge Taiana, disse que "a cúpula climática não cumpriu em nada a expectativa que havia sobre ela e foi um fracasso dos países desenvolvidos, que minaram a expectativa da humanidade a respeito de enfrentar as consequências da mudança climática".

Em comunicado, Taiana ressaltou que, apesar desta atitude, os países ricos "também não conseguiram impor uma agenda aos países em desenvolvimento".

Para o chefe da diplomacia argentina, representante de seu país em Copenhague, os países desenvolvidos mostraram "mais uma vez sua pouca disposição em cumprir o que já estava estabelecido na Convenção sobre Mudança Climática e no Protocolo de Kioto, quando são os responsáveis históricos de 75% das emissões de gases do efeito estufa".

A Argentina entende que são as economias industrializadas que têm que fazer os maiores esforços e facilitar o financiamento para a mitigação dos efeitos do aquecimento global e a adaptação para tecnologias limpas.

Taiana considerou que o acordo conseguido a portas fechadas entre Estados Unidos, China, Índia e África do Sul "quase não desbloqueou um ou dois pontos e não atendeu as expectativas", motivo que levou os outros negociadores a reagir.

Para Taiana, esta cúpula evidenciou dois problemas, "um de conteúdo, já que esteve abaixo das expectativas" em relação a fixação de objetivos de redução de emissões e ajuda financeira para os países pobres, e outro gerado pelos procedimentos e mecanismos do próprio encontro.

"Não foi um exercício nem de participação, nem de democracia, nem de transparência", lamentou o chanceler argentino.

EFE   
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