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Minc critica resultados de conferência da ONU sobre o clima

19 dez 2009 - 12h12
(atualizado às 13h26)
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O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou os resultados daConferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), realizada em Copenhague, Dinamarca. Para ele, a criação de um fundo de US$ 30 bilhões destinado a ajudar países pobres a combater as mudanças climáticas e a redução de gás carbônico nos próximos três anos é insuficiente.

"Esse valor de US$ 30 bilhões para todos é menos do que o Brasil sozinhovai gastar para cumprir as nossas metas, aprovadas pelo nosso parlamento", disse o ministro, em nota, lembrando que o país vai gastar US$ 16 bilhõespor ano para cumprir a meta de reduzir em até 39% asemissões de gases de efeito estufa até 2020.

Minc disse ainda que o Brasil vai continuar cobrando dos países ricos uma postura mais forte para a proteção do planeta. "A gente vai mobilizar a população e a opinião pública, assim como foi feito para que os Estados Unidos e a China apresentassem as suas metas", afirmou.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse que o acordo parcial - fechado entre os Estados Unidos, a China, Índia, o Brasil e a África do Sul com apoio de outros países - não é o ideal, mas o início da busca por um acordo. "O Acordo de Copenhague pode não ser tudo o que todos esperavam, mas é um começo importante", disse.

A presidência da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) optou por "tomar nota" do Acordo de Copenhague.

O acordo oficial ficou para 2010."Vamos tentar chegar a um acordo obrigatório com valor legal até a COP-16, no México", completou.

COP-15

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, de 7 a 18 de dezembro, que abrange 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo é traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto.

Agência Brasil Agência Brasil
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