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Cúpula de Copenhague chega a acordo mesmo sem unanimidade

19 dez 2009 - 08h22
(atualizado às 08h48)
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A cúpula da ONU sobre mudança climática (COP-15), realizada em Copenhague, chegou neste sábado, a um acordo mínimo, apesar da oposição de vários países e após um intenso debate que se prolongou durante toda a noite. A Presidência da conferência anunciou que havia "tomado nota do acordo de Copenhague de 18 de dezembro de 2009", que incluirá uma lista dos países contrários ao texto.

Membro da delegação chinesa dorme durante intervalo na plenária da COP-15
Membro da delegação chinesa dorme durante intervalo na plenária da COP-15
Foto: Reuters

A ONU recorreu a esta fórmula para tornar operacional o acordo, que foi duramente criticado como ilegítimo por países como Venezuela, Nicarágua, Cuba, Bolívia e Sudão. Para que pudesse se transformar em um acordo das Nações Unidas, o texto deveria ser adotado por unanimidade pelos 192 países presentes na conferência.

O texto estava sendo negociado desde quinta-feira e foi fechado na sexta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em reunião com vários chefes de Estado e finalmente com China, Índia e África do Sul, sob mediação do Brasil.

Trata-se de um acordo de mínimos, após o fracasso de 12 dias de negociações em Copenhague para conseguir um texto ambicioso que suceda o Protocolo de Kioto, o único tratado que obriga 37 nações industrializadas e a União Europeia a reduzir suas emissões de dióxido de carbono (CO2).

O acordo, de caráter não vinculativo, está muito longe das expectativas geradas em torno da maior reunião sobre mudança climática da história, e não determina objetivos de redução de gases do efeito estufa. No entanto, estabelece um total de US$ 10 bilhões entre 2010 e 2012 para que os países mais vulneráveis façam frente aos efeitos da mudança climática, e US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 para a mitigação e adaptação.

EFE   
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