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Ajuda da UE contra mudança climática pode chegar a 5,4 bi de euros

11 dez 2009 - 03h18
(atualizado às 07h13)
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No primeiro dia da cúpula de chefes de Estado e de governo da União Europeia, realizada em Bruxelas (Bélgica), não houve um anúncio oficial do valor que será oferecido pelo bloco aos países em desenvolvimento para lutarem contra a mudança climática, mas o número pode chegar a 5,4 bilhões de euros.

Climate Scenarios INFO 2
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Foto: Reuters

Essa informação foi repassada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, que afirmou em entrevista coletiva que os líderes europeus já se dispuseram a contribuir com 1,8 bilhão de euros por ano no período 2010-2012, embora não tenha informado a quantia oferecida por seu país. "Estamos trabalhando ainda para que os países europeus anunciem sua colaboração de forma voluntária. Vamos trabalhar toda a noite para reunir um número", disse, por sua vez, o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, após o primeiro dia da cúpula da UE.

O objetivo da presidência da UE era chegar aos 2,2 bilhões de euros anuais, número que ainda pode ser alcançado nesta sexta, antes da conclusão do Conselho Europeu. Até agora 12 países deram pistas sobre quanto estariam dispostos a oferecer, embora nem todos tenham feito um comunicado oficial.

A Espanha anunciou nesta quinta-feira sua disposição de contribuir com 300 milhões de euros para o triênio (100 milhões ao ano). A Holanda teria se mostrado disposta a oferecer o mesmo e, embora não tenha havido um anúncio claro a respeito, espera-se que a França e a Alemanha apresentem propostas de cerca de 1 bilhão de euros cada uma (entre 300 milhões e 400 milhões anuais), um número parecido com o do Reino Unido.

A Bélgica deverá conceder 150 milhões de euros para todo o período. A Dinamarca contribuirá com cerca de 160 milhões de euros, e a Finlândia, com pouco mais de 30 milhões ao ano, enquanto a Suécia fará uma oferta ainda maior - 765 milhões de euros no total. Portugal estaria disposto a conceder 9 milhões de euros para os três anos, e a Eslováquia, 3 milhões.

A Polônia indicou que poderia contribuir com até 60 milhões desde que lhe seja permitido vender os direitos de emissão que lhe foram concedidos pelo Protocolo de Kioto. Por outro lado, países como Letônia, Bulgária e Hungria não deverão participar do chamado "financiamento adiantado" por causa de seus problemas econômicos, mesma situação da Grécia.

O Conselho Europeu de outubro passado definiu que a contribuição dos países comunitários a este financiamento deveria ter caráter voluntário justamente para proteger os membros da UE mais afetados pela crise econômica. Se amanhã for confirmada a contribuição europeia, terão sido superadas as expectativas da própria Comissão, que em setembro calculou que os membros comunitários deveriam apresentar entre 500 milhões e 1,5 bilhão de euros anuais para esse triênio.

Algumas organizações ambientalistas, entretanto, dizem que a UE tenta desviar o foco ao dar tanta importância à "contribuição antecipada", ao invés de revelar se elevará seu compromisso de redução de emissões poluentes de 20% para 30% como havia prometido.

EFE   
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