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Concentração de gases de efeito estufa bate recorde em 2012

6 nov 2013 - 12h50
(atualizado às 15h35)
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A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis pelo aquecimento global, registraram um nível recorde em 2012.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), os níveis de gás carbônico (CO2) atmosférico cresceram a um ritmo mais rápido no ano passado do que a média de aumento verificada na última década.

As concentrações de metano e de óxido nítrico também bateram os recordes registrados anteriormente.

Graças ao dióxido de carbono e a outros gases, a OMM diz que o efeito do aquecimento global sobre o clima aumentou em um terço desde 1990.

O boletim anual da organização mede somente a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera e não contabiliza as emissões no solo.

O dióxido de carbono, ou CO2, é o mais importante desses gases, mas apenas metade do que é emitido pelas atividades humanas permanece na atmosfera. O restante é absorvido por plantas, árvores, solo e oceanos.

Desde o começo da era industrial, em 1750, os níveis médios globais de CO2 na atmosfera aumentaram 141%.

Segundo a OMM, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera chegou a 393,1 partes por milhão (ppm) em 2012, um aumento de 2,2 ppm em relação a 2011.

A taxa foi maior do que a média de aumento anual de 2,02 ppm na última década.

"As análises evidenciam mais uma vez como gases de efeito estufa emitidos por atividades humanas vêm perturbando o equilíbrio natural de nossa atmosfera e são uma importante contribuição para as alterações climáticas", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.

Enquanto a medição diária de dióxido de carbono na atmosfera ultrapassou a marca simbólica de 400 ppm em maio deste ano, segundo a OMM, a concentração anual média de CO2 global vai atravessar esse patamar em 2015 ou 2016.

Metano e óxido nitroso

Os níveis de metano também alcançaram índices recordes em 2012, de 1.819 partes por bilhão.

As concentrações vêm aumentando desde 2007, depois de um período em que a taxa parecia caminhar para a estabilização.

O relatório da OMM diz que ainda não é possível atribuir com certeza o aumento de metano a atividades humanas, como criação de gado e aterros sanitários, ou a fontes naturais como pântanos.

A entidade acredita que o aumento das emissões tem sua origem nos trópicos e nas latitudes médias do hemisfério norte, e não do Ártico, onde metano gerado pelo derretimento do permafrost (solo gelado encontrado na região) e hidratos vêm causando preocupação há tempos.

Emissões de óxido nitroso também têm crescido. Em 2012, a concentração atmosférica chegou a 325,1 partes por bilhão, 120% acima dos níveis pré-industriais.

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