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Compromisso climático de Obama ganha apoio de 81 grandes multinacionais

19 out 2015 - 22h11
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu nesta segunda-feira o apoio de 81 empresas ao seu plano de luta contra a mudança climática e o compromisso de que elas diminuirão suas emissões de gases poluentes, o consumo de água ou a dependência do petróleo como fonte energética.

Obama, que se reuniu com os diretores das companhias na Casa Branca, afirmou que elas se deram conta que "considerar a mudança climática, a eficiência energética e renovável não é contraditório com seus resultados". Eles, inclusive, podem melhorar com as novas práticas.

A participação dessas empresas, que têm mais de US$ 3 trilhões em receitas por ano, é um grande respaldo para Obama, que viajará em dezembro a Paris para tentar reunir apoios e fazer com que a Conferência da ONU sobre a Mudança Climática seja um sucesso.

No anúncio feito hoje pela Casa Branca, aparecem 13 novas empresas que se somam aos compromissos adotados individualmente por outras 68 multinacionais para reduzir o impacto ambiental de suas operações no período entre 2020 e 2025.

Fazem parte agora da lista de empresa que apoiam os esforços de Obama companhias como a General Motors, Wal-Mart, Ikea e Nike. Já estavam no grupo Coca-Cola, General Electric e Procter&Gamble.

Também participaram da reunião de hoje com o presidente americano os executivos-chefes de multinacionais como a Intel, Johnson&Johnson e Hersheys.

Segundo indicou a Casa Branca, as 81 empresas já comprometidas demostraram "seu apoio às ações na mudança climática e para que o acordo de Paris represente um forte passo adiante para um futuro baixo em carbono e sustentável".

Obama ressaltou a importância dessas grandes companhias se somem ao compromisso pela sustentabilidade, já que levarão farão também que pequenas e médias empresas de suas redes de distribuição e fornecimento também adotem melhores práticas.

As empresas se comprometeram a conseguir objetivos específicos, que abrangem desde a redução de suas missões de gases do efeito estufa até 50% e do consumo de água em 80%, além da renúncia ao desmatamento em suas cadeias produtivas.

A entrada do setor privado ao combate à mudança climática não foi tarefa fácil. No início, a Câmara do Comércio dos EUA se opôs aos planos de redução dos gases de efeito estufa, questionado por muitos representantes da oposição republicana.

Grandes multinacionais petrolíferas, incluindo BP, Total, Pemex e Repsol, anunciaram na semana passada, em Londres, a Iniciativa de Petróleo e Gás, na qual reconhecem a necessidade do setor de cooperar na busca dos objetivos da ONU para lutar contra o aquecimento global.

As duas gigantes americanas do segmento, a Exxonmobil e Chevron, não estão nessa lista, nem no acordo com a Casa Branca.

"Temos mais atenção na conferência de Paris. Já mobilizamos a comunidade internacional, incluindo a China, para que ela participe. Queremos que entendam que as empresas americanas também querem participar", explicou Obama após a reunião.

China e EUA são os maiores poluentes do planeta. Um acordo entre os dois governos para desbloquear as negociações climáticas, nas quais participam mais de 190 países, é a chave do êxito da cúpula.

A China representa também o bloco de nações em desenvolvimento, incluindo o Brasil, que pedem que suas obrigações de redução levem em consideração que eles encontram em uma etapa de desenvolvimento anterior ao dos países ricos, que contribuíram durante mais tempo para o aumento das emissões de gases do efeito estufa.

"Temos uma obrigação moral de deixar um planeta tão maravilhoso como o que herdamos para nossos filhos e netos", destacou Obama.

EFE   
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