Começa na África conferência da ONU sobre mudanças climáticas
28 nov2011 - 07h13
(atualizado às 11h11)
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A conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a luta contra as mudanças climáticas começou nesta segunda-feira na cidade de Durban, na África do Sul. O objetivo do encontro é dar um novo estímulo às negociações sobre o protocolo de Kyoto.
Dos 194 países membros da ONU, 183 participam na conferência. A cerimônia de abertura no centro de conferências de Durban aconteceu na presença do presidente sul-africano Jacob Zuma.
O tratado de Kioto, símbolo do compromisso dos países desenvolvidos, cristaliza as expectativas, a poucos meses para o 20º aniversário da Rio-92, onde teve início o processo sobre o clima instaurado pela ONU.
O protocolo impõe metas de redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa a 40 países desenvolvidos. No entanto, não foi ratificado pelos Estados Unidos nem por grandes países emergentes como China e Índia, o que faz com que o acordo cubra apenas 30% das emissões globais.
Discussões
O encontro às margens do Oceano Índico terá quase 12 mil participantes, entre diplomatas, ministros, delegados, especialistas e membros de organizações não governamentais, que debaterão até o dia 9 de dezembro sobre a questão fundamental de limitar a menos de 2 graus o aumento da temperatura global.
Durante as últimas semanas, numerosos estudos confirmaram a urgência de se encontrar uma solução, quando são registrados novos recordes de emissões de gás carbônico e se constata uma distância cada vez maior entre as promessas dos países e o que pede a ciência para evitar os efeitos nefastos do aquecimento global.
No que diz respeito à aceleração das emissões, o processo nas Nações Unidas de negociações segue lento e se espera um novo impulso após o fracasso da Cúpula de Copenhague, no final de 2009, apesar dos avanços técnicos obtidos no ano passado em Cancún.
Organizações de defesa do meio ambiente, como a WWF, já manifestaram sua preocupação com a "possibilidade de problemas nas negociações de Durban", devido fundamentalmente à incerteza sobre o futuro do Protocolo de Kyoto.
Um primeiro período de compromissos de Kioto termina no final de 2012, e os países em desenvolvimento pedem novos compromissos por parte dos países industrializados em nome de sua "responsabilidade histórica", algo que Japão, Rússia e Canadá rejeitam. Deste modo, uma eventual prorrogação do protocolo passa, principalmente, por um novo compromisso da União Europeia, que responde por 11% das emissões mundiais.
Mas a Europa vincula tal compromisso à redação, em Durban, de um acordo que estabeleça as bases de um futuro marco global vinculando todos os países a compromissos para combater o aquecimento global.
O Greenpeace comemora nesta quinta-feira 40 anos de atuação. A instituição teve uma trajetória turbulenta, mas manteve seu sentido de independência, valendo-se apenas de doações pessoais no lugar de aportes governamentais e do financiamento de empresas. Os milhares de protestos realizados pelo mundo, que muitas vezes terminam em prisão, são a marca do movimento
Foto: Arte Terra/ AFP/ Getty Images / Getty Images
Foto de arquivo, datada de 1º de agosto de 1985, mostra o casco bombardeado do carro-chefe do Greenpeace Rainbow Warrior, após sabotagem pelos serviços secretos franceses para impedir a ONG de protestar contra os testes nucleares no atol de Mururoa
Foto: AFP
O Rainbow Warrior I afundou após duas explosões em Auckland, Nova Zelândia. Um membro da equipe morreu. Investigações incriminaram dois agentes secretos franceses. O país europeu pagou uma multa ao governo neozelandês, usados na compra e reforma do Rainbow Warrior II. O barco afundado foi movido para longe da costa e virou um habitat marinho
Foto: Getty Images
O Rainbow Warrior II foi comprado em 1987 e passou por uma reforma até seu lançamento, em 1989
Foto: Getty Images
Em abril de 1985, ativistas escalam a fachada da loja Harrods, em Londres, para protestar contra o uso de peles de animais na moda
Foto: Getty Images
O canadense David McTaggart, em imagem de 1985, foi um dos grandes nomes do movimento. Em 1972 ele participou de uma expedição que impediu a realização de testes nucleares pela França em Muroroa (Pacífico) e ajudou a organizar os escritórios regionais da ONG, o que levou à criação do Greenpeace Internacional. McTaggart morreu em um acidente de carro em 2001
Foto: Getty Images
Imagem de 1977 mostra o barco Rainbow Warrior após um protesto contra a caça de baleias
Foto: Getty Images
Manifestantes são presos após danificarem cabos de uma empresa de energia. A ONG protestava contra o uso de recursos fósseis pela Fletcher Energy na Nova Zelândia
Foto: Getty Images
Policial corta correntes que manifestante usou para se prender a barco de pesca japonês, na Nova Zelândia. Os ativistas foram presos por tentar impedir a pesca de uma espécie de atum ameaçada de extinção
Foto: Getty Images
Manifestantes seguram cartazes durante protesto contra o então presidente americano George W. Bush, em frente à Casa Branca, em 2001. Os cartazes dizem (em tradução livre) "poluição começa aqui"
Foto: Getty Images
Manifestantes despejam soja não modificada geneticamente em um aviário em Christchurch, na Nova Zelândia. Os ativistas protestam contra o uso de transgênicos para alimentar as aves
Foto: Getty Images
Policiais prendem ativista preso em âncora de navio em Auckland, na Nova Zelândia. Os manifestantes afirmam que havia transgênicos na embarcação
Foto: Getty Images
Vídeo mostra ativistas despejando carvão na recepção de uma empresa de energia em Irvine, nos Estados Unidos, em 2002. O Greenpeace protestava contra os planos da empresa de produzir energia a partir de carvão na Tailândia. O ativista que fez o vídeo foi libertado, mas os outros foram presos
Foto: Getty Images
Ativistas usam embalagens de leite com a frase "Próximo passo: leite GE (sigla em inglês para engenharia genética)?". O protesto ocorreu em frente à Autoridade de Gerenciamento de Risco Ambiental, na Nova Zelândia, em 2002
Foto: Getty Images
Policiais tentam remover cartaz em incinerador do aeroporto de Auckland. Os ativistas protestavam contra a incineração de lixo, que pode poluir o ambiente com dioxina, uma substância tóxica ao ser humano
Foto: Getty Images
Balão do Greenpeace lidera protesto contra guerra em Berlim, em 2003
Foto: Getty Images
Manifestante se acorrenta a cerca em protesto contra o uso de transgênicos em restaurantes, na Nova Zelândia, em 2004
Foto: Getty Images
Turista senta em barco de observação de baleias em frente a cartaz do Greenpeace contra a caça do animal, em Sydney
Foto: Getty Images
Manifestante se fantasia de Morte - um dos quatro cavaleiros do apocalipse - em Copenhagem, na Dinamarca, durante a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, em 2009
Foto: Getty Images
Ativistas são presos em Pittsburgh, nos Estados Unidos, após prenderem um cartaz na ponte West End, em 2009. A cidade sediava encontro do G20 que discutia crescimento econômico
Foto: Getty Images
Membro do Greenpeace caminha ao longo de praia contaminada pelo vazamento da petrolífera BP em 2010, nos Estados Unidos
Foto: Getty Images
Cartaz da ONG contra a energia nuclear é exibido durante jogo de futebol entre a Internazionale de Milão e o Palermo, em Roma
Foto: Getty Images
O navio Arctic Sunrise atravessa o gelo na passagem Fram Strait, no Ártico, em 2011. A embarcação é usada para estudar o nível de gelo nos polos
Foto: Reuters
Manifestantes escalam o monte Rushmore, nos Estados Unidos, em 2009. No cartaz, com a face do presidente Barack Obama, está escrito "América honra líderes, não políticos. Pare o aquecimento global"
Foto: Reuters
Membros do Greenpeace com sinais antinucleares participam de comício em frente à embaixada japonesa, em novembro de 1992. O protesto é contra o progresso através do Oceano Atlântico do cargueiro Akatsuki Maru, que carregava 1,5 t de plutônio
Foto: AFP
Um grupo de ativistas do Greenpeace fecham as portas de acesso do consulado francês da Cidade do México. O protesto é contra a abordagem francesa ao navio Rainbow Warrior, que navegava nas águas do atol de Mururoa
Foto: AFP
Ativistas do Greenpeace protestam com uma paródia da famosa escultura do artista francês Auguste Rodin, em frente ao Palácio de Belas Artes. A escultura denominada ¿O Pensador Chirac¿ foi apresentado em protesto contra o governo da França, que anunciou a retomada dos testes nucleares no atol de Mururoa
Foto: AFP
Greenpeace em frente do consulado francês em Manhattan, Estados Unidos. Manifestantes vestindo ternos brancos e máscaras de gás deitam na calçada, chamando para o fim aos testes nucleares franceses no Pacífico sul
Foto: AFP
Ativistas do Greenpeace protestam antes do início da reunião dos Ministros de Meio Ambiente da União Europeia. Com esta ação, a organização ambientalista pretendia atrair a atenção dos ministros europeus sobre as questões ambientais e climáticas, principalmente
Foto: AFP
Ativistas colocam um banner sobre uma série de bobinas que lançam esgoto a partir do reprocessamento de resíduos nucleares da usina de La Hague, na França
Foto: AFP
Ativistas do Greenpeace pintam um slogan sobre o navio de carga (Istanbul), enquanto o navio do Greenpeace Sirius bloqueia uma doca para impedir a entrega da carga de soja que continha grãos geneticamente alterados
Foto: AFP
Imagem divulgada pelo grupo mostra tartaruga morta em rede de arrasto
Foto: Sumer Verma/Greenpeace / Divulgação
Ativistas do Greenpeace em Paris, protestando a favor do direito de recusar alimentos geneticamente modificados
Foto: AFP
Um grupo repleto de manifestantes vestidos como Papai Noel protesta no dia 18 de dezembro de 1997 contra o uso de PVC mole em brinquedos, alegando que o material pode conter aditivos perigosos
Foto: AFP
Grupo do Greenpeace em trajes de pinguim seguram bandeiras e slogans em frente à residência oficial do primeiro-ministro em Tóquio. O movimento tinha relação com uma conferência internacional sobre o aquecimento global, que foi realizada em Kyoto, no Japão
Foto: AFP
Um grupo de ambientalista flutua em um balão sobre o monumento mais famoso da Índia, o Taj Mahal, exigindo o desarmamento nuclear global. O protesto se destinava a ¿despertar o mundo de seu sono" e ocorreu no dia em que o G8, que inclui as cinco potências nucleares, se reuniu em Londres para discutir os testes nucleares realizados pela Índia e pelo Paquistão
Foto: AFP
Um ativista do Greenpeace coloca uma máscara em uma estátua na Cidade da Guatemala . A organização foi protestar contra a falta de ação do governo para proteger as pessoas contra o alto índice de poluição registrado na capital da Guatemala
Foto: AFP
Ian Higgins, diretor executivo do Greenpeace na Austrália, oferece um pequeno almoço cozinhado em um ¿fogão¿ solar móvel para primeiro-ministro australiano John Howard do lado de fora de sua residência oficial em Sidney. O Greenpeace quer que o governo apoie a instalação de energia solar em 100 mil edifícios nos próximos anos
Foto: AFP
Para lutar pela reciclagem, ativistas se vestem de latas de lixo em Hong Kong, na China. Um estudo do Greenpeace constatou que apenas as 148 de 18.200 latas de lixo da cidade, ou 0,8%, têm compartimentos resíduos separação conduzindo uma chamada sobre o governo para renovar seus procedimentos de gestão de resíduos para reduzir, recuperar e reciclar
Foto: AFP
Contra a energia nuclear, manifestantes protestam na Pirâmide do Louvre, ponto turístico de Paris, na França
Foto: AFP
Ativistas do Greenpeace formam a cauda de uma baleia durante um protesto em 2001 na Cidade do México contra a proposta japonesa de caçar baleias