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Setembro de 2014 foi o mais quente do mundo desde 1880

20 out 2014 - 15h27
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O mês de setembro de 2014 foi o mais quente no planeta, tanto em terra como nas superfícies dos oceanos, desde que o registro começou a ser realizado em 1880, informou nesta segunda-feira a agência meteorológica americana.

"É também o 38º setembro consecutivo que registra uma temperatura mundial acima da média do século XX", informou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

Quando combinadas, as temperaturas médias no solo e na superfície dos oceanos registradas em setembro bateram um recorde, chegando a 15,72 graus Celsius, ou seja, 0,72°C acima da média do século XX.

"À exceção de fevereiro, todos os meses de 2014 foram os mais quentes de que se tem registro. Entre eles, maio, junho, agosto e setembro foram os mais quentes de todos", indicou a NOAA em seu relatório.

A última vez em que a temperatura média no mundo em setembro esteve abaixo da média foi em 1976.

O texto acrescentou que a maioria dos territórios do planeta registrou temperaturas mais quentes do que no mês anterior, à exceção da Rússia Central, de algumas áreas do leste e do norte do Canadá e de uma pequena região da Namíbia.

Em contrapartida, "o calor recorde foi muito perceptível no noroeste da África, nas regiões costeiras da América do Sul, no sudoeste da Austrália, em partes do Oriente Médio e em regiões do sudeste da Ásia."

Em relação aos oceanos, a temperatura da superfície global foi 0,66º C acima da média do século XX, o que também foi um recorde para setembro.

"Isso também marca a temperatura mais alta registrada na superfície dos oceanos, batendo o recorde do mês passado", acrescentou a NOAA, afirmando que este aumento de temperaturas foi observado em todos os oceanos, principalmente na parte equatorial do Pacífico.

Antes da conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, prevista para dezembro, em Lima, os negociadores de 195 países se reúnem a partir desta segunda-feira em Bonn (Alemanha) para avançar rumo a um acordo previsto para 2015, em Paris.

A ONU tenta limitar o aumento das temperaturas mundiais a 2ºC com base nos níveis pré-industriais, já que acima disso, as consequências podem ser dramáticas, alertaram os cientistas.

Especialistas afirmam, no entanto, que as tendências atuais de emissões podem levar as temperaturas a alcançar mais do que o dobro desse nível até o fim do século.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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