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Obama pede atuar ante mudança climática e teme piores furacões

28 mai 2015 - 17h12
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A poucos dias do início da temporada de furacões, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira em Miami medidas sobre as alterações climáticas, usando sua nova conta no Twitter.

"Os melhores estudiosos sobre o clima nos dizem que os fenômenos extremos tais como os furacões voltarão provavelmente mais poderosos", informou Obama no término de sua primeira visita ao Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês) em Miami, Flórida (sudeste dos EUA).

A medida que se aproxima a conferência internacional de Paris sobre o clima, em dezembro, Obama aumenta seus chamados para agir sobre as mudanças climáticas. O objetivo da comunidade internacional é limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius em relação à era pré-industrial.

O presidente norte-americano, que enfrenta a oposição frontal dos republicanos do Congresso neste tema, tem insistido sobre a ameaça representada pelo aquecimento para os recursos naturais, como no caso do parque nacional dos Everglades na Flórida, visitado por ele no mês passado, mas também para a segurança dos Estados Unidos.

"A ciência é contundente, mas o que irá conduzir o Congresso será o público", escreveu Obama no Twitter durante uma sessão de perguntas e respostas através da conta @POTUS na rede social, que já tem 2,5 milhões de seguidores em apenas 10 dias de existência.

Obama tem se visto cada vez mais exasperado contra os republicanos, num momento em que vários dos candidatos do partido opositor para a presidencial de 2016 mostram suas dúvidas sobre os estudos científicos sobre as alterações climáticas.

Citando o papa Francisco, que também tem conta no Twitter (@Pontifex), o presidente escreveu que "temos uma obrigação moral frente às gerações mais vulneráveis e futuras".

De acordo com as previsões da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) divulgadas nesta quarta-feira, a temporada de 2015 será menos ativa do que o normal, mas não descarta que possam ser formados poderosos furacões de ventos devastadores.

Durante uma temporada média no Atlântico, que ocorre de 1 junho a 30 de novembro, no período 1981-2010, havia uma dúzia de tempestades tropicais por ano, das quais seis foram reforçadas para alcançar a categoria de furacão.

"A mudança climática não foi a causa do furacão Sandy, mas pode ter contribuído para torná-lo mais poderoso", disse Obama, lembrando o ciclone que em 2012 deixou um rastro de morte e devastação na costa nordeste americana.

Salientou a necessidade de se preparar "para os impactos das mudanças climáticas", citando como exemplo a cidade de Miami, que "já gastou centenas de milhões de dólares simplesmente para adaptar seu sistema de drenagem para inundações mais frequentes".

Durante sua excursão pela sede dos meteorologistas do NHC, Obama questionou os meteorologistas sobre os desenvolvimentos tecnológicos para a monitorização e previsão de furacões.

Ele até participou do desenvolvimento de um boletim do NHC sobre a tempestade tropical Andrés, no Pacífico, que foi assinado pelos "meteorologistas Brown e Barack Obama (presidente)".

Poucos dias atrás, Obama advertiu jovens oficiais da Guarda Costeira que a mudança climática também é uma ameaça à segurança.

"Terá um impacto sobre a maneira como nosso exército deverá defender o país", informou.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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