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Obama pede ação nos EUA contra o aquecimento global

25 jun 2013 - 16h22
(atualizado às 17h15)
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O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que os americanos já estão pagando o preço do aquecimento global e que, apesar da oposição dos céticos em relação às mudanças climáticas, "é preciso agir".

"Americanos de todo o país já estão pagando o preço da inação", afirmou Obama, ao revelar uma estratégia nacional para combater as emissões de gases de efeito estufa, antes de acrescentar: "Como presidente, como pai e como americano, estou aqui para dizer: nós precisamos agir".

"A questão é saber se nós teremos coragem de agir antes que seja tarde demais, e a forma com que responderemos terá um impacto profundo no mundo que nós vamos deixar para os nossos filhos e netos", acrescentou.

Obama disse ter ordenado à Agência de Proteção Ambiental (EPA, que tem status de Ministério de Meio Ambiente nos Estados Unidos) a elaboração de normas para regulamentar as emissões de gases causadores do efeito estufa nas usinas a carvão.

O presidente americano também afirmou que o controverso projeto do oleoduto gigante Keystone XL no Texas, entre o Canadá e os Estados Unidos, só será aprovado se não gerar um aumento das emissões de gases de efeito estufa.

"Quero que fique claro: permitir a construção do oleoduto Keystone requer uma constatação de que fazê-lo seria de interesse da nossa nação", disse Obama, em um discurso na Universidade de Georgetown no qual estabeleceu as bases de uma nova estratégia para enfrentar o aquecimento global.

"Nosso interesse nacional será atendido somente se o projeto não exacerbar de forma significativa o problema da contaminação de carbono", reforçou.

Espera-se que nos próximos meses o Departamento de Estado faça uma recomendação final sobre o projeto ao presidente Obama.

Em relatório publicado em março, o Departamento de Estado concluiu que o projeto não teria impactos importantes sobre o meio ambiente. Mas a decisão final cabe a Obama.

Os defensores do projeto, que levaria petróleo das areias betuminosas do Canadá à costa do Texas (sul dos Estados Unidos), insistem que a obra terá impacto mínimo sobre o meio ambiente.

Os críticos, ao contrário, afirmam que as areias betuminosas de Alberta (oeste do Canadá) contêm o petróleo "mais sujo" do planeta, pois precisam ser misturadas a água fervente para que desse processo possam ser retirados produtos derivados utilizáveis.

O processo de extração ainda envolve a queima de mais combustível fóssil, o que contribui para as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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