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Emissões de carbono deixam sul da Austrália mais seco, alerta estudo

14 jul 2014 - 17h41
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A emissão de gases causadores de efeito estufa e a redução da camada de ozônio estão deixando o sul da Austrália mais seco, alertaram cientistas em um estudo publicado no domingo.

Cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) informaram que o sul da Austrália sofreu um declínio nas chuvas que começou por volta de 1970 e se intensificou nas últimas quatro décadas.

A probabilidade é que a tendência se mantenha nas próximas décadas na maioria das partes da vasta região, reportou a equipe na revista "Nature Geoscience".

"A seca é mais pronunciada no sudoeste da Austrália, com (prognósticos de) reduções totais no outono austral e na precipitação no inverno de aproximadamente 40% no final do século 21", destacaram.

Os dados sobre precipitação foram alimentados com um modelo de computador de alta resolução que simulou os impactos naturais e provocados pelo homem no sistema climático global.

A queda se relacionou com um aumento das emissões de carbono que impelem o aquecimento global e com a redução da camada de ozônio por substâncias químicas à base de clorofluorcarbono (CFC), hoje proibidas.

Erupções vulcânicas e mudanças nos níveis de energia solar não foram fortes o suficiente para explicar a seca observada nas últimas décadas.

Partes da Austrália foram afetadas por uma seca devastadora nos últimos anos.

Em março, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que temperaturas com recorde de alta em 2013 teriam sido "virtualmente impossíveis" sem emissões humanas de gases de efeito estufa.

No verão de 2013-2014, foram registradas temperaturas sufocantes em Perth, no sudoeste, e em Adelaide, no sul, enquanto Sydney viveu seu verão mais seco em 27 anos, reportou o Climate Council, uma organização independente de vigilância.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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