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COP-17: Brasil atuará como facilitador das negociações em Durban

7 dez 2011 - 15h54
(atualizado às 16h55)
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O Brasil foi designado pela África do Sul facilitador na busca de um acordo entre os países que participam em Durban da 17ª Conferência das Partes (Cop-17), evento da ONU que se propõe a discutir questões relativas ao meio-ambiente. A informação foi passada pelo negociador-chefe brasileiro, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo.

Centenas de crianças formam uma cabeça de leão em uma praia em Durban para chamar a atenção para a questão ambiental
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Foto: EFE

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"A África do Sul nos convidou para atuar como facilitadores das negociações que ocorrerão nesta última fase da conferência", anunciou o negociador. "Devo dizer que estou otimista com os resultados desta cúpula, e acredito que estamos perto de um bom resultado no que diz respeito ao assunto principal desta conferência: o segundo período do Protocolo de Kyoto e os passos necessários para conseguir um acordo global após 2020", comentou Figueiredo, que manteve negociações com diferentes grupos nesta quarta-feira em um hotel próximo ao Centro Internacional de Conferências de Durban, onde ocorre a cúpula.

O Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 e em vigor desde 2005, estabeleceu compromissos legalmente vinculativos de redução de emissões de gases do efeito estufa para 37 países desenvolvidos, com a exceção dos Estados Unidos, que não o ratificou.

A maioria dos países, contudo, apresentou compromissos voluntários de redução de emissões até 2020, reflexos da cúpula de Cancun de 2010 (COP-16). O embaixador brasileiro se mostrou igualmente otimista com o início de forma imediata do Fundo Verde do Clima, que pretende financiar ações contra a mudança climática em países em desenvolvimento, com verbas que aumentarão até alcançar os US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020.

Os negociadores da COP-17, que ocorrerá até o dia 9 de dezembro, tentam acertar uma segunda fase que sirva de transição a um novo acordo internacional legalmente vinculativo. Os países em desenvolvimento consideram crucial que as economias ocidentais ratifiquem esse segundo período, enquanto Rússia, Japão e Canadá não querem renovar o tratado enquanto seus concorrentes comerciais - China, Índia e EUA - não assumirem compromissos similares.

EFE   
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