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China não descarta assinar novo acordo de redução de emissões

2 dez 2011 - 16h55
(atualizado às 17h34)
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A China, maior emissor mundial de gases causadores do efeito estufa, como o CO2, não descarta assinar um novo tratado vinculativo de corte de emissões, disse nesta sexta-feira o negociador-chefe chinês, Su Wei, na 17ª Cúpula da ONU sobre Mudança Climática (COP17) de Durban, na África do Sul.

"Não descartamos a possibilidade de um acordo legalmente vinculativo. Por nossa parte é possível, mas tudo depende das negociações", explicou Wei em entrevista coletiva no Centro Internacional de Conferências de Durban, que recebe a COP-17 até o dia 9 de dezembro. Até o momento, a China se mostrou favorável a apoiar o acordo, mas sem se submeter a essa obrigação dos cortes de emissões poluentes.

Wei disse também que, à espera do eventual início desse processo, a China apoiará em Durban uma proposta que "assegure um segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto", e estará aberta a um diálogo "construtivo". "Como estamos em processo multilateral, queremos ter um diálogo muito construtivo com outras partes para fazer com que o processo avance", comentou.

O Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 e em vigor desde 2005, é o único tratado que fixa obrigações aos países desenvolvidos (exceto os Estados Unidos, que não ratificou o pacto) para reduzir emissões de gases do efeito estufa. O primeiro período de compromisso termina no final de 2012, sem que ainda se tenha conseguido estabelecer as bases do segundo lance do Protocolo, que deveria começar em 2013.

Esta renovação se transformou em um dos grandes desafios da COP-17. China, EUA e Índia, os três maiores emissores de gases, não estão submetidos a Kyoto e, até agora, rejeitaram se comprometer com objetivos legais de redução de emissões. A União Europeia (UE) defende um caminho para conseguir em 2015 um acordo de redução de emissões de gases causadoras do efeito estufa que entraria em vigor em 2020, o que comprometeria todas as grandes economias, incluindo as emergentes.

Su Wei acrescentou que seu país está "preparado" para dialogar com a UE, apesar de insistir na necessidade de conseguir aprovar uma renovação do Protocolo de Kyoto.

Centenas de crianças formam uma cabeça de leão em uma praia em Durban para chamar a atenção para a questão ambiental
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Foto: EFE
EFE   
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