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Brasil, China, Índia e África do Sul exigem ajuda financeira por mudança climática

28 jun 2015 - 21h51
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Brasil, China, Índia e África do Sul manifestaram neste domingo na ONU sua decepção, porque os países ricos não foram capazes de manter seus compromissos de ajuda aos países pobres para combater o aquecimento global.

Ministros e negociadores desses quatro países se reuniram em Nova York em preparação para a Conferência Mundial sobre o Clima, que acontece em dezembro próximo, em Paris.

Em um comunicado conjunto, os representantes desses países expressaram sua "decepção frente à constante ausência de um plano de ação claro para que os países desenvolvidos aportem US$ 100 bilhões anuais até 2020 e para que aumentem substantivamente seu apoio financeiro depois dessa data".

Em 2010, os países desenvolvidos concordaram em mobilizar esse montante nesse período para ajudar os países pobres a se adaptarem ao impacto da mudança climática e reduzir suas emissões poluentes.

Esses compromissos caíram, porém, para cerca de US$ 70 bilhões anuais, de acordo com o Banco Mundial.

A ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que os quatro países se comprometem a trabalhar duro para evitar que se repita o fracasso da última conferência do clima, realizada em Copenhague, em 2009.

"Não podemos adiar essa agenda, esse acordo", frisou.

Já o enviado da China para o tema, Xie Zhenhua, comentou que "ainda há expectativas e espero que os países desenvolvidos possam honrar seus compromissos antes do encontro em Paris".

O negociador-chefe da Índia, Ravi Prasad, destacou que os países desenvolvidos devem compartilhar suas tecnologias de energia limpa com as nações pobres para que elas possam embarcar nos esforços globais de combate à mudança climática.

"Se não receberem um fluxo de apoio tecnológico, para muitos países em desenvolvimento e economias pobres será impossível percorrer esse caminho no futuro próximo", alegou Prasad.

"Adaptar-se requer muito dinheiro", afirmou a ministra sul-africana de Meio Ambiente, Edna Molewa.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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