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Cientistas confirmam ter achado esqueleto do rei Ricardo 3º na Inglaterra

4 fev 2013 - 18h10
(atualizado às 19h22)
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Os ossos do rei

Cientistas britânicos confirmaram nesta segunda-feira que um esqueleto encontrado em um estacionamento na cidade inglesa de Leicester é do rei Ricardo 3º, que governou o reino da Inglaterra no século 15.

Retratado por Shakespeare como um tirano corcunda, Ricardo foi morto na Batalha de Bosworth, em 1485, mas seus restos mortais haviam se perdido com o tempo.

O esqueleto - que apresentava a coluna curvada - foi encontrado em setembro. Desde então, arqueólogos vinham realizando inúmeros testes para comprovar sua identidade.

Agora, cientistas da Universidade de Leicester disseram que o DNA encontrado nos ossos corresponde ao dos descendentes do monarca.

Os restos do rei serão agora enterrados na Catedral de Leicester.

Escoliose O arqueólogo que liderou a pesquisa, Richard Buckley, disse que os ossos foram submetidos a "estudos acadêmicos rigorosos".

Foi concluído que os ossos pertenciam a um homem que em torno de 30 anos. Ricardo 3º tinha 32 quando foi morto.

Seu esqueleto mostrou sinais de dez ferimentos, incluindo oito no crânio - dois deles potencialmente fatais.

Ricardo 3º costumava ser retratado por alguns historiadores como uma pessoa "deformada" - e realmente, pelo esqueleto, pode-se observar que sua coluna era bastante curvada por causa de uma escoliose.

No entanto, não foram encontradas indícios de outros problemas descritos pelos estudiosos em caracterizações exageradas do rei.

Esquecimento Em 1483, logo após a morte de seu irmão, Ricardo foi nomeado como tutor de seu sobrinho, Eduardo 5º. Mas, em vez disso, Ricardo assumiu o poder.

Após apenas dois anos, ele foi morto na batalha de Bosworth, após ser desafiado pelo futuro rei Henrique 7º.

Segundo os especialistas, o rei Ricardo 3º foi enterrado às pressas em uma igreja no centro de Leicester, sem sinal de que um caixão foi usado.

A igreja foi demolida no século 16, e a localização da cova acabou sendo esquecida nos séculos seguintes.

No entanto, um grupo de entusiastas e historiadores conseguiu rastrear a área provável da sepultura. Eles também conseguiram, após uma análise genealógica minuciosa, encontrar um descendente do rei para comparar o DNA.

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