PUBLICIDADE

China confirma objetivo de alcançar pico de emissões de CO2 até 2030

30 jun 2015 - 13h32
Compartilhar
Exibir comentários

A China confirmou nesta terça-feira seu objetivo de alcançar seu pico de emissões de dióxido de carbono em 2030 e "se esforçará para atingi-lo antes", durante a visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a Paris, cidade que no final do ano sediará a Cúpula sobre o Clima da ONU.

Esta será a principal contribuição da China à reunião COP21, que será inaugurada em Paris em 30 de novembro.

A China tratará de reduzir suas emissões de carbono com relação ao Produto Interno Bruto (PIB) entre 60% e 65%, se comparado com as de 2005, e de elevar parte da produção de energias não fósseis no consumo primário até cerca de 60%, disse o governo chinês em comunicado emitido na capital francesa.

Segundo o primeiro-ministro chinês, citado na nota, seu país "faz o máximo esforço para lutar contra a mudança climática" e "assume sua responsabilidade para participar profundamente na governança mundial e promover o desenvolvimento partilhado da humanidade".

A China também fará um esforço para aumentar suas reservas florestais em 4,5 bilhões de metros cúbicos, o que contribuirá para capturar dióxido de carbono.

Principal emissor de gases do efeito estufa desde 2006, a contribuição de Pequim à COP21 está dentro do acordo que o presidente da China, Xi Jinping, e seu colega americano, Barack Obama, assinaram em novembro, um pacto entre os dois principais poluentes do planeta.

O presidente francês, François Hollande, que se reuniu com Li, agradeceu o chefe do governo chinês pelo anúncio em Paris, o que interpretou como "um sinal de apoio e confiança no sucesso da COP21".

Em comunicado, Hollande considerou que a contribuição da China "confirma seu compromisso para construir uma 'civilização ecológica'".

Hollande e Li repassaram outros elementos da relação bilateral e mostraram satisfação pela "qualidade e o dinamismo da cooperação estratégica".

No terreno econômico, Hollande expressou vontade de avançar em determinados setores como o nuclear civil e aeronáutico e prosseguir com o reequilíbrio dos intercâmbios comerciais aumentando as exportações francesas e os investimentos chineses na França.

Ambos líderes acordaram criar um fundo franco-chinês para a cooperação em países terceiros em favor de projetos ligados à luta contra a mudança climática e o crescimento ecológico.

Keqiang visitará na próxima quinta-feira as instalações da Airbus em Toulouse (sul da França), acompanhado do primeiro-ministro francês, Manuel Valls.

EFE   
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade