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Canadá tem ano mais quente da história em 2010

11 jan 2011 - 16h50
(atualizado às 17h31)
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Leah Schnurr

O Canadá teve seu ano mais quente da história em 2010, de acordo com a agência ambiental do país, com impacto maior visto na região do Ártico. A média nacional da temperatura no ano ficou 3°C acima do normal, com base em dados preliminares, de acordo com um relatório publicado na segunda-feira (10) pela Agência Ambiental do Canadá em seu site na internet. Foi o ano mais quente desde que a medição nacional começou, em 1948.

A maioria das áreas do território de Nunavut e Québec, no Norte, ficou no mínimo 4°C acima do normal, enquanto a região do Ártico ficou 4,3°C acima do limite. Também foram registradas temperaturas recordes ao longo das regiões de tundra, montanhas e fiordes do Ártico, da floresta do nordeste e das áreas do Atlântico.

Cientistas atribuem as temperaturas elevadas no Ártico às emissões de gases do efeito estufa, vilões do aquecimento global, que está derretendo as geleiras, aumentando a possibilidade do tráfego marítimo intenso e da mineração na região impactada. "O que estamos vendo é claramente uma tendência, e as mudanças no norte parecem se tornar permanentes", disse John Bennett, diretor-executivo do Sierra Club Canadá. O último ano mais quente foi 1998, com 2,5°C acima do normal, de acordo com os registros. As temperaturas anuais estão acima do normal desde 1997.

"Embora a temperatura irregular de um ano não seja prova de qualquer tendência a longo prazo, ter um ano muito mais quente que os anteriores é significativo", afirmou o porta-voz da agência canadense, Mark Johnson, em comunicado. Uma área no sul das províncias de Alberta e Saskatchewan foi a única parte do Canadá com temperaturas próximas do normal no ano passado. O governo canadense tem sido criticado por sua política ambiental que, segundo críticos, favorece os interesses das areias betuminosas de Alberta, a maior fonte de petróleo fora da Arábia Saudita.

Ambientalistas dizem que esse terreno é uma grande fonte de gases do efeito estufa e de lixo tóxico. O novo ministro do Meio Ambiente, Peter Kent, recentemente provocou controvérsia ao caracterizar em entrevistas à imprensa o desenvolvimento de areias betuminosas como "ético".

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