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Brasil e UE discutem mudança climática em Cúpula na Suécia

5 out 2009 - 15h36
(atualizado às 16h05)
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A terceira reunião de cúpula entre a União Europeia (UE) e o Brasil começa terça-feira, em Estocolmo, com os olhos voltados para as difíceis negociações para um compromisso planetário contra a mudança climática, a dois meses da Conferência de Copenhague. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chega na noite desta segunda-feira a Estocolmo após uma visita de dois dias à Bélgica, será recebido pelo primeiro-ministro sueco e presidente semestral da UE, Fredrik Reinfeldt, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

A cúpula, a terceira desde que a União Europeia e o Brasil estabeleceram a associação estratégica em 2007, tentará dar impulso às negociações internacionais sobre as mudanças climáticas para um ambicioso acordo na Conferência de Copenhague, sem deixar de lado a crise econômica mundial e as relações bilaterais. Enquanto as delegações internacionais estão reunidas em Bagcoc na esperança de avançar nas discussões sobre a Cúpula de Copenhague, a UE tentará convencer a locomotiva americana a dar exemplo em seu continente.

"O Brasil é um dos principais atores nas negociações sobre o clima e seria muito importante se servisse de exemplo para os demais países da América Latina", destacou nesta segunda-feira Reinfeldt, desejando que o país fixe o mais rapidamente possível "suas metas de redução das emissões de dióxido de carbono".

Lula prometeu nesta segunda-feira, em Bruxelas, que seu país, considerado o quarto maior emissor de gases causadores do efeito estufa do mundo, principalmente devido ao desmatamento da Amazônia, apresentará suas próprias metas de redução de emissões em Copenhague. "Assumimos uma posição de liderança com a qual poderemos exigir de todos, e particularmente dos países mais ricos, metas de redução mais claras e ambiciosas", afirmou o presidente, que viaja acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do ministro da Indústria, Miguel Jorge.

A Cúpula Brasil-UE vai ainda avaliar a crise econômica mundial e defender uma conclusão rápida da Rodada de Doha para a liberalização mundial do comércio e das negociações comerciais entre Bruxelas e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). As relações bilaterais também centrarão a reunião em Estocolmo e, em especial, a próxima aprovação de um acordo pelo qual os brasileiros vão pedir visto de curta duração para entrar em qualquer um dos Estados da UE e vice-versa.

Paralelamente à Cúpula, Lula e Reinfeldt vão se reunir e, depois, participar de um congresso organizado por empresários brasileiros, europeus e suecos. À noite, o presidente Lula será convidado de honra em um jantar oferecido pelo rei Carl Gustaf da Suécia antes de encerrar sua viagem europeia, iniciada semana passada em Copenhague, onde a cidade do Rio de Janeiro foi eleita sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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