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Brasil defenderá em Durban compromisso dos ricos com Kyoto

28 nov 2011 - 17h20
(atualizado às 22h26)
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O Brasil defenderá o compromisso dos países ricos com a renovação do Protocolo de Kyoto na conferência da ONU sobre mudanças climáticas iniciada nesta segunda-feira, em Durban, África do Sul, informou uma fonte oficial. "No centro de tudo está o segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto. O protocolo é uma ferramenta essencial (na luta contra as mudanças climáticas) e sua continuidade é necessária para manter um alto grau de ambição" nos resultados das negociações, disse o chanceler brasileiro, Antônio Patriota, em mensagem oficial.

Começou nesta segunda-feira a 17ª Conferência das Partes
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Foto: AFP

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O Protocolo de Kyoto, negociado nessa cidade japonesa em 1997, é o único instrumento de redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases estufa, e obriga 40 países industrializados a diminuir suas emissões destes gases. Mas o compromisso atual termina em 2012.

Segundo Patriota, o Brasil assegurou que não aceitará "um retrocesso com níveis menores de compromisso" dos países ricos. Japão, Rússia e Canadá informaram que não querem este segundo período de compromissos, justificando que Kyoto não acolhe os maiores emissores do planeta: os Estados Unidos, que nunca ratificaram o documento, e a China, que está fora do tratado por ser considerado país em desenvolvimento.

O Brasil informou que o grau de compromisso dos países em desenvolvimento dependerá deste acordo. "O que se vai conseguir" em Durban "dependerá muito de Kyoto", disse André Correa do Lago, diretor de Meio Ambiente da Chancelaria. O Brasil coordenará suas posições com o grupo Basic de grandes emergentes (o qual integra ao lado de África do sul, Índia e China) e o chamado G77 e China, que reúne 130 países em desenvolvimento.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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