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Aumenta probabilidade de haver "El Niño" neste ano, diz órgão dos EUA

16 abr 2014 - 17h11
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A probabilidade de no meio ou no fim do ano se desenvolver o fenômeno "El Niño" cresceu de "forma considerável" no último mês, segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA).

As chances aumentaram de 50%, em fevereiro, para quase 65% em março, explicou nesta quarta-feira à Agência Efe Jon Gottschalck, do Centro de Prognóstico do Clima (CPC) da NOAA, que disse que é informação "confiável" baseada nas observações e nos modelos de previsões.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, concordou com as projeções ao anunciar nesta semana que "poderia haver um episódio de 'El Niño' por volta da metade do ano".

No entanto, Gottschalck considerou que ainda é cedo demais para prever qual poderia sua potência e se poderia ser tão forte como o ocorrido entre 1997 e 1998.

O fenômeno, que eleva as temperaturas de todo o planeta, se caracteriza por temperaturas extraordinariamente altas na superfície do oceano na parte central e oriental do Pacífico tropical.

O Centro Regional do Clima para o Oeste da América do Sul, que vigia de perto a situação, reportou recentemente que desde 1998 não se apresentavam temperaturas de até cinco graus centígrados em nível subsuperficial no Pacífico tropical.

"El Niño" influi nas temperaturas e nas chuvas, contribuindo com para secas ou, ao contrário, para tempestades e inundações.

O fenômeno afeta muitas partes do planeta, já que se dissemina na direção do vento, nas correntes marítimas e nos patrões de tempestades.

O fenômeno costuma provocar uma temporada de maior instabilidade meteorológica, com chuvas mais intensas na América do Sul e um menor número de furacões no Atlântico. No entanto, a temporada de 2013 já foi baixa, com apenas dois furacões de categoria menor.

No entanto, a OMM advertiu "que nenhum episódio é igual a outro e que há outros fatores que influem sobre as condições meteorológicas".

Segundo a NOAA, durante o fenômeno observam-se condições mais secas que o normal no norte do Brasil, enquanto ao longo da costa oriental da região tropical da América do Sul se apresentam condições mais úmidas, assim como no litoral do Golfo do México, nos Estados Unidos, e no sul do Brasil e no centro da Argentina.

Quando acontece um episódio deste tipo no inverno, as tempestades também tendem a ser mais intensas no Golfo do México e ao longo da costa sudeste dos Estados Unidos, o que provoca condições relativamente mais úmidas nesta região.

EFE   
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