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Aquecimento faz geleiras chinesas encolherem 15%

21 mai 2014 - 18h26
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As geleiras da China encolheram milhares de quilômetros quadrados ao longo dos últimos 30 anos como resultado das mudanças climáticas, noticiou a imprensa estatal nesta quarta-feira.

O platô Qinghai-Tibete, no oeste da China, viu seus glaciares encolherem 15%, ou 8.000 quilômetros quadrados, reportou a agência de notícias oficial Xinhua, citando a Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês).

O degelo de glaciares na região, que inclui a parte chinesa da cordilheira do Himalaia, acelerou-se nos anos 1990, acrescentou a agência, citando cientistas, no mais recente indício do impacto das mudanças climáticas na região.

O relatório menciona o cientista da CAS, Kang Shichang, segundo o qual "mais e maiores rachaduras" apareceram no gelo do Monte Everest, um sinal de "geleiras em rápido degelo".

O platô Qinghai-Tibete cobre a área que a China chama de Região Autônoma Tibetana, assim como partes elevadas de províncias vizinhas.

Kang acrescentou que, em longo prazo, o degelo poderá, substancialmente, reduzir o fluxo para alguns dos principais rios da Ásia, que se origina no platô tibetano.

Segundo um relatório publicado em março pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), as mudanças climáticas representam uma grande ameaça para a segurança hídrica em todo o mundo.

No ano passado, o painel de climatologistas da ONU informou com 95% de certeza que os seres humanos são a principal causa nas elevações médias das temperaturas globais. A previsão dos especialistas é de uma alta entre 0,3ºC e 4,8ºC até o fim do século.

O informe reforçou que o aumento poderia ser limitado a 2ºC, se uma grande mudança na matriz energética e no consumo acontecer.

O IPCC informou que as geleiras do Himalaia vão encolher quase à metade, caso as temperaturas médias globais subam 1,8ºC até 2100.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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