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Após vazamentos, 250 pessoas trabalham para limpar rios na Amazônia peruana

14 fev 2016 - 16h51
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Cerca de 250 pessoas trabalham nas tarefas de limpeza da região afetada por vazamentos de petróleo ocorridos nas últimas semanas na Amazônia do Peru, informou uma organização indígena local à Agência Efe neste domingo.

Participam das atividades trabalhadores da estatal Petroperú, operadora do oleoduto Norperuano, e habitantes de Villa Hermosa e do município de Chiriaco, na região de Amazonas, por onde se estendeu um vazamento de 2 mil e 3 mil barris de petróleo.

O presidente da Organização de Povos Indígenas da Amazônia Norte do Peru, Edwin Montenegro, denunciou que o petróleo afetou o rio Chiriaco, enquanto a Petroperú afirma que não há perigo de contaminação nos rios.

Montenegro relatou que várias famílias que moram no local trabalham para limpar a região, já que o rio é uma de suas principais fontes de alimento.

Uma comissão do Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental (OEFA) foi encaminhada até a área do vazamento para estudar o impacto ambiental e coletar amostras de água para posterior análise.

O primeiro derramamento, que ocorreu no dia 25 de janeiro à altura do quilômetro 441 do Oleoduto Norperuano, afetou cultivos cacau e se estendeu ao longo de 3,5 quilômetros do riacho Inayo, cujas águas desembocam no Chiriaco, segundo o OEFA.

As chuvas dos últimos dias ultrapassaram as barreiras onde estava contido o petróleo, o espalhando até chegar ao rio Chiriaco, de acordo com a organização indígena e testemunhas locais.

Os funcionários do OEFA permanecerão por três dias na região para supervisionar os trabalhos de limpeza e atender a denúncia apresentada a esta instituição pela Organização de Povos Indígenas da Amazônia Norte, que acusa a Petroperú de não realizar manutenção adequada do oleoduto e não reagir de maneira rápida perante a emergência.

O prefeito do município de Chiriaco, Otoniel Danducho, disse à Efe que está focado em realizar relatórios que serão enviados ao governo e ao Congresso para informar sobre a gravidade da situação.

Além desse derramamento, o oleoduto Norperuano registrou outro vazamento no dia 4 de fevereiro, à altura do quilômetro 206, na região de Loreto (nordeste).

O Oleoduto Norperuano transporta o petróleo extraído na floresta peruana até o terminal portuário de Bayóvar, no Oceano Pacífico, ao longo de um trajeto de 854 quilômetros de encanamentos com cinco estações que podem armazenar até 3,5 milhões de barris no total.

EFE   
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