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Apenas 4 de 78 países abordam questão ambiental em guias nutricionais

8 dez 2015 - 14h56
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Roma, 8 dez (EFE) - O Brasil é um dos únicos quatro países, de um total de 81, que elaboraram guias com recomendações sobre uma boa dieta que abordam a preocupação com o meio ambiente, de acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira em Roma.

Além do Brasil, Alemanha, Suécia e Catar incluíram em suas cartilhas de nutrição a questão da sustentabilidade ambiental, disse o pesquisador Carlos González Fischer em uma apresentação por videoconferência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O estudo, realizado por especialistas da Rede de Pesquisa sobre o Clima e a Alimentação (FCRN, na sigla em inglês), mostra como esses quatro países compartilham mensagem similares sobre a necessidade de moderar a produção e o consumo de pescado e carne, além de promover os produtos com baixos níveis de gorduras.

Na cartilha brasileira, explicou González, as orientações pedem um maior apoio à agricultura familiar, enquanto a Suécia cita as implicações do meio ambiente sobre a saúde, além da necessidade de evidências científicas para regular esse tipo de questão.

A Alemanha inclui diretrizes que pregam a alimentação baseada em produtos vegetais frescos, entre outros pontos. Já o Catar, que importa a maior parte dos alimentos consumidos no país, defende uma dieta que proteja o meio ambiente, respeite os valores islâmicos e reduza o uso de recursos como a água, indicou o especialista.

Comparados a outros guias, muitos deles sem caráter oficial e elaborado por organizações da sociedade civil e o setor privado, a pesquisadora da Universidade de Oxford e diretora da CFRN, Tara Garnett, pede aos governos para divulgar suas próprias cartilhas, destinando-as a um público geral e em consonância com as políticas alimentícias.

Garnet afirmou que as autoridades devem prestar mais atenção aos hábitos alimentícios nos países em desenvolvimento. E também pediu pesquisas sobre os níveis máximos sustentáveis de produção de pescaado e o consumo de carne, além do impacto ambiental dos produtos lácteos e os processados com grande quantidade de açúcares, gorduras e sal.

EFE   
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