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Veja alguns dos fósseis mais impressionantes já encontrados

12 set 2014 - 10h29
(atualizado em 17/9/2014 às 21h27)
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Alvo de estudo e pesquisa de milhares de paleontólogos e cientistas, os fósseis, restos de seres vivos preservados em materiais a exemplo de rochas, gelo e resina são não apenas fonte de informações valiosas sobre a evolução da vida e a história geológica do nosso planeta como também objeto de fascinação para milhares de admiradores. 

Você pode ver logo abaixo um compilado dos mais inusitados fósseis já encontrados por pesquisadores de todo o mundo. Os maiores, os mais raros, os mais completos, os mais estranhos, os mais temidos... Acompanhe!

1. Ninho de dinossauros

Em 2011, um paleontologista da Universidade de Rhod Island descobriu na Mongólia um ninho com os restos de 15 bebês dinossauros que foram depois classificados como sendo da espécie Protoceratop andrewsi. O grau de desenvolvimento do esqueleto entre os dinossauros pequenos e a falta de ovos no ninho indicam que eles já haviam estado no local há algum tempo. Acredita-se que esses pequenos dinossauros foram enterrados vivos, provavelmente por uma tempestade de areia.

Foto: Reprodução

Foto: Smithsonian/Reprodução

2. O primata mais completo

Descoberta na Alemanha, Ida tem 91 centímetros de comprimento e é o mais completo fóssil de um primata já achado. Acredita-se que ela tenha habitado a Terra há aproximadamente 47 milhões de anos. Batizado de Darwinius masillae, em comemoração ao bicentenário de Charles Darwin, o fóssil foi achado em 1983 em uma pedreira de xisto desativada, famosa por concentrar fósseis muito bem conservados. Alguns cientistas acreditam que o Darwinius é um fóssil de transição entre as linhagens de prosímios e símios (antropóides). Outros, contudo, acreditam que ele não pertence a um possível elo perdido e que estaria “muito mais próximo dos Lêmures do que dos macacos, dos grandes primatas ou de nós".

Foto: Reprodução

Foto: Wikipedia

3. Marcianos

Cientistas acreditam ter encontrado fósseis de bactérias marcianas. Isso mesmo, fóseis de bactérias marcianas! Eles seriam menores do que qualquer bactéria da Terra. São esses organismos com formato de minhoca vistos na imagem abaixo e detectados por meio de um microscópio eletrônico e localizados sobre um meteorito descoberto na Antártida, em 1984. Extensos experimentos e estudos de microscopia na rocha revelaram cristais de magnetita em carbonato que se assemelham à morfologia e composição de bactérias magneto tácticos modernas. Alguns cientistas, entretanto, questionam as reais possibilidades de bactérias sobreviverem no espaço, enquanto viajam no vácuo, sob forte radiação e por longos períodos. O fato é que os cientistas continuam conduzindo pesquisas e reavaliando conclusões no que diz respeito a existência de bactérias fossilizadas em meteoritos.

Foto: Reprodução

Foto: Wikipedia

4. Formiga gigante

Quatro paleontólogos se depararam em 2011 com o fóssil de uma formiga rainha gigante de cerca de 50 milhões de anos em sedimentos de lagos antigos no Sweetwater County, no Estado americano do Wyoming. Acredita-se que a Titanomyrma Lubei, como foi batizada, tenha vivido no período pré- historico. Ela tem cinco centímetros de comprimento, tamanho que pode ser comparado ao de um beija-flor. Esse fóssil foi o primeiro do tipo a ser encontrado no Ocidente. Surpreendentemente nenhum fóssil de formigas trabalhadoras foi localizado em torno desta formiga rainha. Atualmente, o fóssil faz parte da coleção do Museu de Ciência e Natureza de Denver.

Foto: Reprodução

Foto: Wikipedia

5. Mosquito de 46 milhões de anos com sangue seco

Não é todos os dias que se encontra o fóssil de um mosquito de 46 milhões de anos com a barriga cheia de sangue, não é mesmo? A espécie foi descoberta no leito de um rio do Estado americano de Montana, revelaram cientistas em outubro de 2013. Equipamentos científicos puderam detectar vestígios de ferro no abdômen repleto de sangue, mas como DNA não pode ser extraído de um fóssil tão antigo, a quem pertencia o fluido ainda é um grande mistério. "É um fóssil extremamente raro, o único do tipo no mundo”, disse Dale Greenwalt, principal autor do estudo.

Foto: Reprodução

Foto: Smithsonian/Reprodução

6. A maior ave da Terra

O voluntário James Malcom, do Museu de Charleston, encontrou em 1983, o que pode ser a maior ave do mundo. Ela tem mais de sete metros da ponta de uma asa a outra! A descoberta foi feita no Estado da Carolina do Sul durante as escavações para a construção de um novo terminal do aeroporto internacional da região. De acordo com pesquisadores, o Pelagornis sandersi tinha asas longas e elegantes que o ajudavam a se manter no ar apesar de seu tamanho – duas vezes maior que o albatroz real. Acredita-se que a ave tenha vivido entre 28 e 24 milhões de anos, após a extinção dos dinossauros e antes da espécie humana povoar o planeta. Seu fóssil inclui ossos ocos e finos, patas curtas e asas enormes. Os pesquisadores chegaram à conclusão que essa ave decolava correndo ladeira abaixo, aproveitando o vento ou as correntes de ar, como fazemos com as asa-deltas.

Foto: Reprodução

Fotos: AP

7. O sistema cardiovascular mais antigo

Em 7 de abril de 2014, cientistas encontraram o fóssil de um animal semelhante ao camarão que viveu há 520 milhões de anos e que tinha – acredite! – o sistema cardiovascular mais antigo já visto. E por incrível que pareça, ele estava muito bem conservado!  O artrópode primitivo foi batizado de Fuxianhuia protensa após ser localizado na província de Yuan, no Sudoeste da China. Ele pertence ao período da Explosão Cambriana, durante o qual muitos dos maiores grupos animais surgiram, há mais de meio bilhão de anos. A surpresa dos pesquisadores em relação a tamanha conservação do sistema cardiovascular desse artrópode se deve ao fato de as partes moles e os sistemas de órgãos anatômicos do corpo não serem frequentemente preservados nos fósseis. O fóssil do Fuxianhuia protensa mostrou um coração tubular no centro do corpo com um sistema de artérias rico e elaborado levando aos olhos, antenas, cérebro e pernas. Esse fóssil lançou uma nova luz sobre a evolução da organização corporal dos animais, já que mostrou que, mesmo algumas das primeiras criaturas se assemelhavam a seus descendentes atuais.

Foto: Reprodução

Foto: Reuters

8.Uma espécie inédita de ornitorrinco

Foi em novembro de 2013 que pesquisadores descobriram na Austrália a existência de uma nova espécie de ornitorrinco gigante. O animal tinha dentes, ausentes na espécie moderna, e até o dobro do tamanho dos animais atuais. A descoberta de um único dente colocou por terra a teoria dos cientistas de que havia existido no nosso planeta apenas uma linhagem do animal. No mesmo local dessa descoberta – o sítio arqueológico de Riversleigh, em Queensland - foram encontrados fósseis dos antepassados do lobo e do tigre da tasmânia, animais já extintos.

Foto: Reprodução

Foto: Peter Schouten/ Divulgação

9. O fóssil misterioso

Valle foi descoberto em um caverna no norte da Itália e é um grande mistério. Até hoje os cientistas não sabem de quem é o fóssil, que se encontra para exibição no Museu de Bruxaria de Segovia, na Espanha.

Foto: Reprodução

Foto: Getty Images

10. O fóssil de dinossauro mais completo

O fóssil de dinossauro mais completo do mundo foi encontrado por acidente. O responsável pelo feito foi o estudante do ensino médio Kevin Terris, que achou o mais completo esqueleto de um parassaurolofo já visto, apenas alguns dias depois de uma dupla de pesquisadores ter revirado o local sem se deparar com nenhum osso sequer. A descoberta aconteceu em Utah, nos Estados Unidos, em 2009. Acredita-se que o parassaurolofo tenha vivido há 75 milhões de anos. Ele é conhecido por ter um tubo oco no topo do crânio, que, se especula, seria usado como um trompete para realizar algum tipo de comunicação e impressionar visualmente os parceiros. Os pesquisadores também ficaram bem animados com a descoberta porque o fóssil pertencia a um filhote da espécie. Até então, os cientistas pouco sabiam sobre o crescimento dos parassaurolofos. Exames realizados apontaram que o animal tinha menos de 1 ano e cerca de 1,8 metro de comprimento.

Foto: Reprodução

Foto: Raymond M. Alf/ Museum of Paleontology/ Divulgação

11. O maior predador da Terra

O tubarão Megalodon é considerado o maior predador que já viveu na Terra. Sua mandíbula levou 10 anos para ser reconstruída! Isso mesmo, 10 anos! Quando são consideradas as medidas da estrutura, se entende o porquê de tanta demora: ela tem 2,74 metros de altura e 3,35 metros de comprimento – simplesmente a maior mandíbula já montada. Seu próprio nome já é bem sugestivo. Megalodon significa grande dente e é uma espécie extinta que viveu durante a Era Cenozóica. Os fósseis do Megalodon mais comumente encontrados são os dos seus dentes, que reúnem características bem particulares: têm o formato triangular, uma estrutura robusta, o tamanho grande, serrilhas finas e o formato em forma de "V". A reconstrução de sua mandíbula foi realizada pela primeira vez em 1909, com dentes fósseis recolhidos de várias localidades. À época, foi levantada a hipótese de o Megaladon ter atingido até 30 metros. Atualmente, a maioria dos especialistas reconhece que essa espécie de tubarão atingiu um comprimento total de mais de 16 metros. Acredita-se que este animal tenha sido extinto há cerca de 1,5 milhão de anos. 

Foto: Reprodução

Fotos: Victoria Museum/ Divulgação

12.O maior dinossauro já descoberto?

Foi na Patagônia argentina, em 17 de maio de 2014, que os ossos fossilizados do que pode ser o maior dinossauro já descoberto foram encontrados. Com base na magnitude de seus ossos, acredita-se que ele tinha 40 metros de comprimento e 20 metros de altura e pesava 77 toneladas, sete a mais do que se acreditava ser o dinossauro mais pesado, o Argentinosaurus. O animal é um titanossauro, um herbívoro gigante que viveu durante o Cretáceo Superior. O fóssil foi encontrado por um fazendeiro e em seguida escavado por um time de paleontologistas do Museu de Paleontologia Egidio Feruglio. O gigante herbívoro viveu nas florestas da Patagônia entre 95 e 100 milhões de anos atrás e foi batizado recentemente de Dreadnoughtus, ou Fearing Nothing  (“Sem medo de nada”, em tradução livre). Embora o crânio completo não tenha sido encontrado, os restos revelam mais de 70% do restante do esqueleto. As informações sobre a anatomia do titanossauro devem ajudar os cientistas a desvendar as variações entre os animais dessa espécie e o tipo de característica anatômica necessária para permitir tamanho crescimento. 

Foto: Reprodução

Fotos: Twitter/AP

13. Metade dinossauro, metade ave

O fóssil do Archaeopteryx é visto por muitos cientistas como uma parte importante da evolução, porque explica o vínculo existente entre os pássaros e os dinossauros. A espécie é por si própria um gênero de ave precoce, situada no período de transição entre os dinossauros com penas e as aves modernas. Ela viveu no período Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, onde é hoje o sul da Alemanha. Embora fosse pequena (crescia até atingir meio metro de comprimento) suas asas eram largas, o que lhe dava a habilidade de voar ou deslizar. Ainda assim, a espécie compartilha muito mais características com os dinossauros do período Mesozóico, como as mandíbulas com dentes afiados, três dedos com garras, uma longa cauda óssea e dedos hiperextensíveis. 

Foto: Reprodução

Foto: Wikipedia

14. Tartaruga "brasileira"

Descoberta em terras brasileiras em 20 de agosto deste ano, a Atolchelys lepida tem cerca de 20 centímetros de comprimento e viveu há cerca de 125 milhões de anos. Esse fóssil foi encontrado em uma pedreira da cidade de São Miguel dos Campos, em Alagoas.

Essa tartarga, que na verdade é um cágado - uma tartaruga que vive em água doce - é destaque não apenas por ter sido encontrada no nosso país e por uma pesquisadora brasileira - Valéria Gallo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - mas também por ser o membro mais antigo da Pleurodima, um dos dois grupos nos quais se dividem as tartarugas atuais.

O crânio, a mandíbula e o plastrão (a parte debaixo da carapaça das tartarugas) se encontram totalmente preservados.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução/Terra

15. O mais completo crânio de dinossauro descoberto na península coreana

O crânio de um Sarcosuchus, um parente distante do crocodilo que viveu há 112 milhões anos, é o primeiro completo de um dinossauro descoberto em Namhae, a cerca de 328 quilômetros de Seul. A estrutura fossilizada de cinco centímetros de comprimento foi mostrada pela primeira vez em 3 de setembro de 2002 na Coreia do Sul.

Foto: Reprodução

Foto: Getty Images

16. O último ataque 

Na primeira imagem você vê o único fóssil já descoberto e cravado em um âmbar de uma aranha no momento exato em que ela ataca sua presa. O momento foi totalmente preservado pela resina que corre das árvores e que costuma fluir sobre os insetos e transformado anos mais tarde em uma verdadeira pedra preciosa para os pesquisadores, já que tanto a aranha quanto a vespa capturadas no fóssil são hoje consideradas extintas. A descoberta foi anunciada em setembro de 2012 por uma equipe da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos. Essa aranha habitava o Vale Hukawng, Mianmar, durante o período Cretáceo, há 110 milhões – o que significa que elas viviam, praticamente, rodeadas apenas de dinossauros.

Foto: Reprodução

Foto: Youtube

17. A maior aranha do mundo

Do mais raro passamos para o maior fóssil de aranha já encontrado. Sua descoberta foi anunciada no início de agosto de 2014 por uma equipe do departamento de geologia da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos. O primeiro fóssil dessa espécie foi descoberto na Rússia e descrito em 1984. O segundo foi encontrado apenas três anos depois. No século 21, agricultores de Daohugou, na China, passaram a se deparar com uma série de aracnídeos do período Jurássico em uma encosta. É devido a essas descobertas que centenas de espécies são conhecidas pela ciência. O corpo do animal mede 1,65 centímetros e sua perna 5,82 centímetros. A aranha fóssil gigante é considerada a versão masculina de uma aranha fêmea encontrada há pouco tempo na mesma localidade. A investigação sobre a sua anatomia revela detalhes de como ela viveu e interagiu com suas presas. Seus fósseis dão pistas de como o clima era à época e possibilita aos pesquisadores rastrear como eles evoluíram ao longo do tempo em ambientes de constante mudança. 

Foto: Reprodução

Foto: Twitter

Fonte: Terra
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