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vc repórter: golfinho encalha em praia de São Sebastião, em SP

6 out 2010 - 11h09
(atualizado às 11h29)
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Um golfinho da espécie conhecida como baleia-piloto encalhou na manhã desta terça-feira na praia de Boracéia, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. O animal chegou vivo ao local, mas acabou não resistindo. Ainda não se sabe o que provocou a morte do golfinho.

O animal media aproximadamente 5,3 m e pesava em torno de 1 t, de acordo com a veterinária da Fundação Mar Juliana Yuri Saviolli, que foi até a praia. "Quando nossa equipe chegou, por volta das 12h, o animal já estava morto", conta.

O corpo do golfinho só foi retirado do local do encalhe por volta das 16h, quando, na própria praia, foi feita uma necropsia para se tentar constatar a causa da morte. "No entanto, não encontramos nada de anormal", afirmou Juliana. O material coletado será enviado para análise na Universidade de São Paulo (USP).

Segundo a veterinária, é provável que o golfinho tenha sido expulso do bando por ter alguma doença, uma vez que esta espécie costuma sempre andar acompanhada. "Quando recebemos a informação do encalhe até achamos que houvesse mais de um animal, porque normalmente a baleia-piloto encalha em bando, quando este sai da sua rota".

O animal, que costuma viver em águas profundas, foi enterrado por volta das 17h30, em um local da praia.

Animais podem transmitir doenças

A presença do golfinho na praia da Boracéia chamou a atenção de transeuntes e moradores, que ao longo do dia se aglomeraram no local para tirar fotos e ver o animal de perto. Segundo a veterinária, cerca de 300 pessoas passaram pela praia nesta terça-feira. "Só enquanto realizávamos a necropsia, havia umas 50 pessoas em volta", disse.

Ainda segundo ela, diversos transeuntes passaram a mão e subiram na baleia-piloto. "Isso é perigoso. Este tipo de animal, um mamífero, pode conter doenças que podem ser transmitidas para os seres humanos. É errado achar que, porque ele está morto, não tem problema mexer. Não se sabe a causa da morte. Ele pode ter até doenças como tuberculose", alertou.

Segundo Juliana, o correto, nestes casos, é que a população chame as autoridades competentes e não entrem em contato com o bicho, mesmo que ele ainda esteja vivo.

O internauta Ricardo Oliveira Faustino, de São Sebastião (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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