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'Unicórnio asiático' é fotografado pela primeira vez em mais de 10 anos

Estima-se que apenas uma dúzia de saolas, espécie semelhante aos antílopes e que tem chifres pontudos, sobrevivem em estado selvagem

13 nov 2013 - 16h35
(atualizado às 17h09)
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<p>Imagens feitas pelo WWF mostram o animal, que possui dois chifres pontiagudos</p>
Imagens feitas pelo WWF mostram o animal, que possui dois chifres pontiagudos
Foto: AP

Um mamífero criticamente ameaçado de extinção, conhecido como "unicórnio asiático", foi flagrado no Vietnã pela primeira vez em mais de uma década. A organização ambientalista WWF capturou a imagem de um saola (Pseudoryx nghetinhensis), um tipo de animal parecido com um antílope que têm dois chifres pontudos paralelos - apesar do apelido de "unicórnio".

A organização descreveu a descoberta como extraordinária e espera agora conseguir recuperar a espécie, que vive em montanhas no centro do país. Estima-se que apenas uma dúzia de saolas sobrevivem em estado selvagem.

Momento histórico

Os chifres do saola, que foi identificado pela primeira vez em 1992, podem medir até 50 centímetros. O animal recebeu o apelido de "unicórnio asiático" por ser extremamente elusivo. O WWF capturou a imagem com uma câmera que é ativada quando detecta movimento.

"Quando nossa equipe viu as fotos pela primeira vez, não podíamos acreditar nos nossos olhos. O saola é o santo graal dos ambientalistas no sudeste da Ásia", disse Van Ngoc Tinh, diretor da WWF no Vietnã.

<p>A última vez que os especialistas haviam registrado um exemplar da espécie foi em 1993</p>
A última vez que os especialistas haviam registrado um exemplar da espécie foi em 1993
Foto: AP

Em agosto de 2010, agricultores do país vizinho, Laos, supostamente capturaram um desses animais que morreu dias depois, de acordo com outra organização internacional de conservação da natureza.

Segundo as autoridades do Departamento de Proteção Florestal do Vietnã, o aparecimento do saola é considerado um momento histórico e mostra que os esforços para preservar seus habitats locais têm sido eficazes.

Na área onde o saola foi avistado, a WWF coordena um programa que recruta guardas florestais da comunidade local para impedir a caça ilegal. Desde 2011, os guardas florestais removeram 30 mil armadilhas e destruíram mais de 600 acampamentos de caçadores ilegais.

"A confirmação da presença do saola nesta área é um testemunho dos esforços desses guardas florestais", disse Thinh.

Quando foi encontrado há duas décadas, o saola era "o primeiro grande mamífero novo para a ciência em mais de 50 anos, e uma das espécies mais espetaculares descobertas do século 20", disse o WWF.

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