Queimadas colocam em risco vida de animais silvestres brasileiros
14 set2011 - 21h43
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As queimadas que se espalham pelo País afetam diretamente a vida dos animais silvestres. Elas geram a extinção de espécies ou sua drástica redução, além da adaptação forçada a um novo habitat. O biólogo Léo Gondi, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), alerta que os efeitos das queimadas também pesam sobre os recursos hídricos e a vegetação como um todo.
Nos últimos dias, especialistas da Floresta Nacional de Brasília (Flona) e agentes da Polícia Ambiental resgataram várias espécies, de pássaros raros a tatus e tamanduás. O biólogo Léo Gondi afirmou que os impactos a médio e longo prazo são assustadores.
"Há um impacto terrível. (Antes das queimadas) os animais tinham um território, agora eles se veem obrigados a buscar outro local que está ocupado por animais, na maioria das vezes predadores", disse o biólogo. "É um problema gravíssimo, pois os animais que mudam de habitat são expulsos do seu ambiente natural e enfrentam a escassez de comida".
Apenas nos últimos dias, o ICMBio contabilizou 56 animais silvestres que tentavam escapar das queimadas na região da Flona. Foram recolhidos lobos-guará, tamanduás-bandeira, veados campestres e papagaios. Também foram acolhidos, machucados, um veado e um tamanduá-bandeira. Três cobras foram encontradas mortas.
Segundo Gondi, o animal silvestre, quando tem seu território destruído, sai em busca de outro local para viver. Quando o encontra e o local está sob domínio de espécies distintas ou até mesmo de animais da sua espécie, surge uma disputa por espaço. De acordo com ele, os animais passam a se enfrentar e sobrevive o mais forte. "A média de uma queimada a cada dois anos é ruim para manter a sobrevivência das espécies", advertiu.
Restam apenas 44 leopardos de Amur vivendo em liberdade
Foto: AP
O lêmure de olhos azuis é nativo de Madagascar, o filme que leva o nome do país deu fama aos seus primos de olhos castanhos. Assim como esta, muitas espécies e subespécies estão em risco crítico de extinção e podem desaparecer em breve
Foto: Getty Images
A foca monge do Havaí (na foto) e a foca monge mediterrânea estão seriamente ameaçadas
Foto: Getty Images
O addax é um tipo de antílope do deserto do Saara, hoje restam cerca de 300 animais no mundo
Foto: Getty Images
Na imagem de arquivo, pesquisadores dos EUA analisam diabo da tasmânia em estudo para tentar salvar a espécie
Foto: Nature
Nativo da Papua Guiné, o Wallabi-da-floresta negro está perdendo seu habitat natural
Foto: Getty Images
Ao contrário do camelo domesticado, o camelo selvagem se encontra em grave risco de extinção
Foto: Getty Images
Diversas subespécies de chinchila estão desaparecendo devido ao uso de sua pele na fabricação de roupas
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O Macaca nigra é considerado em extinção na maior parte do mundo, mas é uma praga nas ilhas Molucas
Foto: Getty Images
O feito do antílope, no entanto, está no fôlego para correr por mais tempo
Foto: Getty Images
O esquilo-voador tem esse nome por dar grandes saltos entre uma árvore e outra
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Na Papua Nova Guiné, diversos fruit bat (morcegos de fruta, em tradução livre) estão em perigo
Foto: Getty Images
O macaco langur cinza, da Ásia, é vítima de caça e seu habitat natural está sendo depredado
Foto: Getty Images
A "island fox" (raposa da ilha, em tradução livre) sofre com doenças caninas inseridas no seu meio por cães domésticos
Foto: Getty Images
Na Austrália, o gambá pigmeu da montanha perdeu seu habitat para a construção de estrada e cidades
Foto: Getty Images
O lobo vermelho desapareceu de ambientes selvagens em 1980, mas foi reintroduzido na natureza a partir de animais de cativeiro
Foto: Getty Images
Há 15 anos, já não há registros do órix-de-cimitarra na natureza, ele sobrevive apenas em cativeiro
Foto: Getty Images
Na Índia, o Crocidura andamanensis, conhecido como roedor de dentes brancos, está presente apenas na ilha Andamão
Foto: Getty Images
O bicho-preguiça de três dedos existe em uma área de apenas 5km² no Panamá
Foto: Getty Images
Hoje, existem no mundo menos de 250 rinocerontes da Sumatra, na Indonésia
Foto: Getty Images
Diversas espécies de cangurus de árvore estão em risco de extinção na Indonésia
Foto: Getty Images
O gorila-ocidental é a espécie mais famosa de gorilas, na África eles são alvos de caça e doenças levadas ao seu ambiente pelo homem
Foto: Getty Images
O asno selvagem africano está em risco de desaparecer rapidamente, restam menos de 200 exemplares da espécie
Foto: Getty Images
O "equus ferus", cavalo selvagem da Ásia, está desaparecendo ao misturar-se com outras espécies
Foto: Getty Images
O macaco-barrigudo corre grave risco de desaparecer da floresta Amazônica
Foto: Getty Images
A população de woylies - um marsupial australiano - caiu mais de 80% nos últimos 10 anos
Foto: Getty Images
O brasileiro macaco-prego de peito amarelo corre risco de desaparecer da Mata Atlântica
Foto: Getty Images
O guepardo asiático pode ser encontrado no Irã e alguns países africanos, mas está rapidamente desaparecendo
Foto: AFP
Da família das cutias, a Dasyprocta mexicana teve sua população reduzida em 80% nos últimos 10 anos
Foto: Getty Images
O lince ibérico é um dos animais mais ameaçados de extinção no planeta
Foto: AFP
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), esse animal está em risco crítico de extinção
Foto: AFP
A queda na população do coelho selvagem devido a uma doença pode levar ao desaparecimento do lince ibérico. Estudos indicam que a população desse animal não passa de 143 indivíduos vivos, todos na Espanha
Foto: AFP
O leopardo de Amur é um dos animais mais ameaçados de extinção do planeta. Um censo realizado em 2007 indicou que existiam entre 14 e 20 adultos e entre 5 e 6 filhotes da subespécie na natureza
Foto: AFP
De acordo com a IUCN, estudos indicam que a população do leopardo de Amur só vem caindo. O animal pode ser encontrado no leste asiático, mas já é considerado extinto na China e na península coreana
Foto: AFP
O zoo de Jacksonville anunciou o nascimento de um leopardo de Amur, espécie raríssima
Foto: Zoológico de Jacksonville / Divulgação
Ele está sendo alimentado por funcionários do zoo
Foto: Zoológico de Jacksonville / Divulgação
Segundo informações da agência EFE, este tipo de leopardo, de pele negra, é extremamente raro
Foto: Divulgação
A espécie está ameaçada de extinção, restam somente cerca de 35 exemplares que vivem na natureza
Foto: Divulgação
O filhote negro de leopardo de Amur chamado Exame chamou a atenção no zoo
Foto: Reuters
Leopardos com a pelagem negra são mais comuns em florestas densas do Sudeste Asiático
Foto: Reuters
Eles constituem uma variação individual e não são uma espécie ou subespécie distinta
Foto: Reuters
Segundo informação da organização WWF, acredita-se que a coloração escura seja uma camuflagem perfeita no interior das florestas em condições onde há pouca luz solar, o que pode ser uma grande vantagem na hora da caça
Foto: Reuters
A WWF afirma que iniciativas de preservação do habitat podem salvar a espécie
Foto: Reuters
A espécie aparece na Lista Vermelha da União Internacional da Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) como "criticamente ameaçado"
Foto: Reuters
Filhote de leopardo de Amur passa por check-up no zoo de Leipzig, na Alemanha
Foto: EFE
Segundo a organização WWF, a subespécie corre risco por causa da perda de seu habitat e da do conflito com o ser humano
Foto: AP
A subespécie se diferencia pelas rosetas grandes e com bordas grossas no pelo