Dois homens foram multados em R$ 5 mil depois de matar em público um jacaré de 5 metros de comprimento Brejo Grande do Araguaia, no sul do Pará. A agressão foi testemunhada por diversas pessoas, inclusive crianças, no início de agosto
Foto: Ibama / Divulgação
Os homens foram apresentados à autoridade policial do município, porém liberados porque o crime ambiental é considerado de menor potencial ofensivo
Foto: Ibama / Divulgação
O Ibama acredita que os homens praticavam a caça com frequência no rio Araguaia, apesar de eles terem negado isso à polícia
Foto: Ibama / Divulgação
A dupla atingiu o animal com machadadas sob o olhar de diversos moradores. Nesta imagem, um homem se coloca sobre o corpo do jacaré
Foto: Ibama / Divulgação
Carcaça do animal foi queimada depois que os responsáveis pela captura foram denunciados
Foto: Ibama / Divulgação
Restos do animal foram carbonizados; homens removeram o couro e cortaram o jacaré em partes
Foto: Ibama / Divulgação
A cabeça do animal foi encontrada em um córrego da região: única parte descoberta ainda intacta
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Prática de consumir carne de animais silvestres foi responsável por dizimar grande parte dos répteis da região
Foto: Ibama / Divulgação
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Dois irmãos foram apresentados à polícia na segunda-feira depois de capturar um jacaré vivo e esquartejá-lo em público na semana passada em Brejo Grande do Araguaia, no sul do Pará. O jacaré-açu de cinco metros morto pelos homens está ameaçado de extinção e é uma espécie protegida. Depois de identificada, a dupla foi multada em R$ 5 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), porém não houve prisão porque o crime ambiental é considerado de menor potencial ofensivo pela lei brasileira.
O Ibama acredita que os homens praticavam a caça regularmente no rio Araguaia, apesar de eles terem negado isso à polícia. Em imagens e vídeo divulgados por um cidadão que denunciou o crime, a dupla aparece atingindo o animal com machadadas sob o olhar de diversos moradores, inclusive crianças. Amarrado, o animal ainda vivo foi levado das proximidades de uma praia até uma rua na cidade, onde o jacaré sofreu os maus-tratos. Os agressores removeram o couro e cortaram o animal em partes.
"Para eles, isso se trata de uma 'farra', de diversão. Inicialmente eles tinham interesse em aproveitar a carcaça do animal pelo valor da pele, da carne, do crânio, mas passaram a utilizar o jacaré apenas para exibição, como um troféu", informou ao Terra o analista ambiental Leonardo Tomaz, do Ibama em Marabá (PA). "Com a divulgação das imagens, eles repartiram o animal e distribuíram as partes, depois destruíram a carcaça. Encontramos apenas o crânio."
De acordo com o ambientalista, existe uma cultura nessa região de se consumir carne de animal silvestre. A prática não é mais tão comum hoje, mas teria sido responsável por dizimar grande parte dos répteis da região. Uma dificuldade encontrada pelo Ibama em áreas como essa é descobrir os crimes e aplicar punições, porque muitas cidades - como essa no interior do Pará - não contam com delegacia ou posto de polícia, apenas uma autoridade municipal.
Tomaz acredia que a agressão tenha causado constrangimento aos moradores de Brejo Grande, e cita com espanto o fato de jovens testemunharem o ato. "Me indigna tal ação ocorrer na frente de crianças, o que acaba estimulando essa prática. Foi algo que nos revoltou", disse o analista ambiental.
Tigres "estreiam" em zoo; veja filhotes de animais criticamente ameaçados
Dois tigres-de-Sumatra (Panthera tigris sumatrae) fazem a primeira aparição no zoológico de Chester, no Reino Unido. A subespécie é considerada "criticamente ameaçada" de extinção pela União Internacional pela Conservação da Natureza
Foto: The Grosby Group
Segundo a IUCN, a maior ameaça a esta subespécie de tigre é a perda de habitat para plantações. Além disso, o animal sofre com a caça e o desaparecimento de presas
Foto: The Grosby Group
Veja a seguir outros filhotes de espécies consideradas criticamente ameaçadas de extinção - ou em condição até pior
Foto: The Grosby Group
O suíno da espécie Sus cebifrons é encontrado nas Filipinas, mas pode desaparecer, já que suas pequenas populações estão muito fragmentadas devido ao desmatamento e à caça. Esta imagem foi feita no zoo de San Diego (EUA), em 2006
Foto: Getty Images
Um filhote de gorila-ocidental-das-terras-baixas (Gorilla gorilla gorila) é apresentado no zoo de Bristol, Inglaterra, em maio de 2012
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O filhote tinha apenas sete meses, quando começava a dar os primeiros passos. O zoo mantém faz parte de um programa internacional para salvar espécies consideradas em risco extremo de extinção
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Segundo a IUCN, existem dois grandes motivos para este gorila estar perto de desaparecer: a caça e o vírus ebola - diversos surtos da doença ocorreram nas últimas duas décadas na África
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Filhotes de leão-do-Atlas (Panthera leo leo) são apresentados no zoológico de Hannover, na Alemanha
Foto: EFE
A Subespécie foi extinta da natureza no século 20 e hoje pode ser encontrada apenas em alguns zoológicos da Europa e África, instituições que se esforçam para salvar o animal da completa extinção
Foto: AFP
A subespécie Panthera leo Leo encontra-se extinta na natureza e só pode ser encontrada em zoológicos
Foto: AFP
A reprodução controlada dos leões do Atlas, também conhecidos como leões-berberes, salvou a subespécie da total extinção e alguns indivíduos foram levados à Europa para aumentar a população
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O Panthera leo Leo é o maior e mais pesado dos leões
Foto: AFP
Além do tamanho, chama a atenção no macho a juba espessa
Foto: EFE
A juba cobre uma área maior do corpo se comparado com outras subespécies
Foto: EFE
O pelo do leão do Atlas mais longo chega às pernas da frente e ao abdome