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Acidez dos oceanos causou a pior extinção em massa da Terra

Fenômeno durou 60 mil anos, e a maioria dos répteis assemelhados aos mamíferos morreu

9 abr 2015 - 17h47
(atualizado às 18h56)
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<p>Praia em Biarritz, na costa do Atlântico no sul da França em 2014</p>
Praia em Biarritz, na costa do Atlântico no sul da França em 2014
Foto: Regis Duvignau / Reuters

Trata-se de um dos maiores mistérios da ciência: o que causou a pior extinção em massa da história da Terra? E não, não foi aquela que acabou com os dinossauros.

Cientistas disseram nesta quinta-feira que grandes quantidades de dióxido de carbono expelidas por erupções vulcânicas colossais na Sibéria podem ter tornado os oceanos do mundo perigosamente ácidos 252 milhões de anos atrás, o que ajudou a desencadear uma calamidade ambiental global que matou a maioria das criaturas terrestres e marinhas.

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Os pesquisadores estudaram rochas nos Emirados Árabes Unidos localizadas no leito oceânico na ocasião que guardavam um histórico detalhado das condições cambiantes dos oceanos no fim do Período Permiano.

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"Este é um dos poucos casos nos quais fomos capazes de mostrar que um evento de acidificação dos oceanos aconteceu no passado remoto", disse a geocientista Rachel Wood, da Universidade de Edimburgo, parte do grupo de pesquisadores do estudo publicado no periódico Science.

"Isto é significativo porque acreditamos que os oceanos modernos estão se tornando ácidos de uma maneira semelhante", acrescentou Wood. "Estas descobertas podem nos ajudar a entender a ameaça representada pela acidificação dos oceanos dos dias atuais para a vida marinha."

Várias hipóteses foram aventadas para explicar a extinção em massa que ultrapassou até mesmo aquela de 65 milhões de anos atrás, causada por um asteroide cujo impacto aniquilou os dinossauros e muitos outros animais.

Os pesquisadores afirmaram que a acidificação dos oceanos era uma suspeita há tempos, mas que nenhum indício direto tinha sido encontrado até agora.

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As gigantescas erupções que formaram uma região imensa de rocha vulcânica chamada de Armadilhas da Sibéria representam um dos maiores eventos vulcânicos do último meio bilhão de anos e duraram milhões de anos, a extensão de tempo entre os períodos Permiano e Triássico.

As quantidades impressionantes de dióxido de carbono resultantes das erupções tiveram consequências terríveis para a vida terrestre e marinha. A absorção de dióxido de carbono mudou de forma letal, ainda que temporária, a composição química dos oceanos, segundo os cientistas.

A extinção em massa durou 60 mil anos, afirmaram, e a maioria dos répteis assemelhados aos mamíferos morreu, com exceção de algumas linhagens, incluindo os ancestrais de mamíferos modernos, como o humano.

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