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Análise no túmulo de Tutancâmon indica que há "algo" por trás de seus muros

28 nov 2015 - 13h11
(atualizado às 13h27)
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As primeiras análises no túmulo do faraó Tutancâmon em Luxor indicam a existência de "algo" que "poderia ser uma câmara vazia", informou neste sábado a Agência Efe o chefe do Departamento de Antiguidades do Egito, Mahmoud Afifi.

"Até agora o resultado principal é que há algo, embora ainda seja desconhecido, por trás da parte leste do muro norte do túmulo", disse Afifi em uma conversa por telefone.

O chefe de antiguidades detalhou que em um estudo anterior no túmulo dos filhos de Ramsés, o scanner mostrou um resultado muito similar ao obtido na tumba do conhecido como "faraó menino", e posteriormente se descobriram câmaras ocultas por trás de seu muro.

No entanto, não quis aventurar-se ao advertir que para obter conclusões confiáveis e definitivas "é preciso esperar" a análise dos dados, que, segundo o especialista, serão estudados no Japão.

O ministro de Antiguidades, Mamdouh Al Damati, garantiu, por sua parte, que os resultados da análise e as explorações, realizadas entre quinta e sexta-feira, mostram com "90% (de certeza) a existência de um vazio por trás do muro norte do túmulo, o que indica a existência de uma câmara, que ainda não foi descoberta".

Segundo declarações de Damati recolhidas em comunicado ministerial, "até o momento não se tomou nenhuma medida para trabalhar dentro do túmulo do faraó de ouro".

Damati destacou que não se decidirá sobre os procedimentos a serem realizados "até que conclua o estudo dos resultados e dos detalhes registrados pelos aparelhos de radar e infravermelhos dentro do túmulo".

Estes dados serão analisados pelo especialista japonês em radares Hirokatsu Watanabe durante um mês, a fim de desenvolver um plano para assegurar-se de que é exatamente o que há por trás do muro.

Damati explicou que dito plano de trabalho no interior do túmulo será anunciado imediatamente depois que o especialista conclua seus trabalhos.

O chefe do departamento de Antiguidades de Luxor, Mustafa Waziri, garantiu à Efe no início das análises que, mesmo com a comprovação da existência de câmaras ocultas, os policromados muros da tumba de Tutancâmon jamais serão tocados.

"Há outras vias (de chegar à suposta câmara oculta), podemos tentar entrar por fora ou pelas câmaras laterais, mas jamais se tocará na câmara (funerária) de Tutancâmon", ressaltou então Waziri.

As autoridades egípcias começaram uma série de análises com scanner e infravermelhos para tentar detectar se há alguma câmara oculta atrás das paredes do sepulcro de Tutancâmon, como suspeita o arqueólogo britânico Nicholas Reeves.

Este especialista tinha observado pequenas rachaduras nos muros do sepulcro, que corresponderiam a uma porta selada.

Tutancâmon reinou brevemente durante o século XIV a.C., sendo ainda muito jovem, e morreu repentinamente.

Seu túmulo, descoberto pelo arqueólogo britânico Howard Carter em 1922, continha um tesouro intacto de incalculável valor, custodiado no Museu Egípcio do Cairo e que, junto a seu sepulcro, são umas das atrações turísticas mais visitadas do Egito.

Segundo as várias hipóteses levantadas, os ricos muros do sepulcro do jovem faraó poderiam abrigar o túmulo de Nefertiti, o da rainha Meritatón (filha e mulher deAquenáton, pai de Tutancâmon) ou inclusive o da mãe de Tutancâmon, Kiya.

EFE   
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