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Alemanha: múmia misteriosa tem ossos de plástico e crânio humano

Cientistas descobriram que a múmia achada em um sarcófago era falsa

25 set 2013 - 10h16
(atualizado às 13h51)
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<p>Origem de múmia encontrada em sótão da Alemanha intrigou cientistas e polícia na Alemanha</p>
Origem de múmia encontrada em sótão da Alemanha intrigou cientistas e polícia na Alemanha
Foto: AFP

A misteriosa múmia encontrada em agosto por um menino de 10 anos no sótão de seus avós - feito que intrigou inúmeros especialistas - tinha um crânio humano verdadeiro, porém seus ossos eram de plástico, informou a promotoria de Verden, no norte da Alemanha. A polícia alemã, investigadores e legistas tentavam desvender o enigma há aproximadamente um mês, desde quando o garoto descobriu a múmia em um sarcófago na casa do avô, que teria viajado nos anos 1950 para o norte da África.

"A cabeça de múmia era, no entanto, de um ser humano, mas, segundo as suspeitas da promotoria, se trataria de um crânio utilizado nos cursos de anatomia de uma escola de medicina", explicou à AFP o porta-voz do ministério Público, Lutz Gaebel.

Segundo Gaebel, a cobertura com uma substância metálica dos ossos de plástico fez que o primeiro exame estabelecido mediante um scanner de forma errônea, estabelecendo que eram ossos de verdade.

Raio-X revelou ponta de flecha no crânio da múmia
Raio-X revelou ponta de flecha no crânio da múmia
Foto: AFP

Gaebel disse ainda que as pesquisas tentavam determinar agora a origem do crânio. Uma tomografia computadorizada revelou que o crânio humano, atravessado por uma flecha que sai da órbita do olho direito está muito bem preservado, assim como várias partes de um esqueleto que repousa com os braços cruzados sobre o peito, noticiou o jornal local Kreiszeitung.

As bandagens da múmia, que não foram retiradas por medo de danificar os restos mortais, são do século XX e foram tecidos à máquina, disse o pai do menino, Lutz-Wolfgang Kettler, dentista que assistiu à realização da tomografia computadorizada. No início do mês, o patologista Andreas Nerlich disse ao site de notícias Spiegel Online que, embora o esqueleto e os ossos sejam autênticos, a múmia era "falsa, feita com restos de um ou vários corpos humanos".

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