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África do Sul quer cercar fronteira com Moçambique para deter caça

28 mai 2013 - 16h13
(atualizado às 21h03)
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A África do Sul quer reerguer o trecho de uma cerca na fronteira com Moçambique para evitar que os caçadores de rinocerontes atravessem para o Parque Nacional Kruger, em seu território. "Há a necessidade de erguer esta cerca", afirmou a ministra do Meio Ambiente Edna Molewa, acrescentando que a autoridade de parques do país compartilhou sua análise da situação.

Os caçadores estão usando um corredor sem cerca de 40 quilômetros - removido para criar um parque transfronteiriço - para entrar sorrateiramente no Parque Kruger e matar rinocerontes para extrair seus chifres, que depois são vendidos no mercado negro asiático.

Uma nova cerca será eletrificada e equipada com um sistema de detecção para evitar tentativas de romper a fronteira. "Será eletrificada e ligada a alguma tecnologia porque queremos evitar que as pessoas invadam", disse à AFP Fundisile Mketeni, vice-diretor-geral de biodiversidade e preservação da África do Sul.

Esta iniciativa é considerada uma medida temporária, afirmou. Apesar da intensificação das medidas de segurança, que incluem o uso da tecnologia de aviões não tripulados, o Parque Kruger perdeu 242 rinocerontes só este ano de um total de 350 mortos no país.

O trecho da cerca foi baixado para permitir que os animais se movimentem livremente no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo. Segundo o ministro, debates políticos são mantidos entre Moçambique e África do Sul sobre a cerca, mas têm sofrido atrasos.

O tratado para estabelecer um parque internacional foi assinado em 2002 pelos presidentes de África do Sul, Moçambique e Zimbábue.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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